Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Veja três motivos que explicam por que os casos de coronavírus voltaram a crescer no Brasil

Compartilhe esta notícia:

Curva de novos casos confirmados de coronavírus no Brasil reverteu tendência de queda. (Foto: Reprodução)

A curva de novos casos confirmados de coronavírus no Brasil reverteu a tendência de queda, e, desde a última semana, voltou a subir.

Dados do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, compilados a partir de estatísticas do Ministério da Saúde e baseados na média dos sete dias imediatamente anteriores, revelam que o número de casos confirmados de Covid-19 está em trajetória ascendente — e “deve continuar assim”, diz Domingos Alves, coordenador do LIS.

Esse método, que leva em conta a média dos sete dias anteriores, é usado para corrigir possíveis distorções na contabilização dos números.

Um levantamento realizado pela agência de notícias Reuters reforça essa tendência de alta.

Quase 40 países, incluindo o Brasil, registraram recordes diários de infecções por coronavírus na semana passada, o dobro do verificado na semana anterior, segundo a Reuters.

O número de casos vem aumentando não apenas em países como Estados Unidos, Brasil e Índia, mas na Austrália, Japão, Hong Kong, Bolívia, Sudão, Etiópia, Bulgária, Bélgica, Uzbequistão e Israel, entre outros.

No Brasil, o número de novas infecções por dia atingiu um pico de 52.383 nesta sexta-feira (31).

Mas por que isso vem acontecendo?

Três pontos principais têm chamado a atenção dos especialistas:

Interiorização

Alguns Estados onde as capitais registraram uma redução no número de casos passaram a verificar um aumento no número de casos em seu interior.

É o caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, por exemplo.

“O agravamento dessa interiorização pode ser vista por volta do dia 20 de julho nesses três Estados”, diz Alves.

Alves assinala que a média móvel de óbitos nessas unidades da federação permanece “em alta” nas últimas semanas.

Ele diz acreditar que os casos do interior devem começar “a suplantar os da capital”. Esse efeito, segundo Alves, também tem o potencial de voltar a afetar as capitais em médio prazo.

Alves argumenta que não se pode falar ainda de “imunidade de rebanho” (também chamada “imunidade de grupo” ou “imunidade coletiva”).

Ela ocorre quando uma parte suficientemente grande de uma população está imune (protegida) contra essa doença e contribui para que esta não se dissemine. Como ainda não há uma vacina contra a Covid-19, essa imunidade de rebanho só seria alcançada por uma imunidade “natural” desenvolvida por uma parte importante da população, depois de ter sido infectada.

Mas muitos especialistas advertem que a imunidade de rebanho não seria a melhor estratégia para vencer o coronavírus.

Além disso, ainda restam muitas dúvidas quanto à imunidade que desenvolvemos contra essa doença. Um estudo recente da Universidade King’s College em Londres, no Reino Unido, mostrou que pacientes que se recuperam de Covid-19 possivelmente perdem a imunidade em um prazo de meses.

Aumento de casos no Sul e Centro-Oeste

Nas últimas semanas, houve um aumento expressivo de novos casos de coronavírus no Sul e no Centro-Oeste, até então regiões que tinham conseguido controlar o contágio da doença.

Em Santa Catarina, por exemplo, a média móvel dos novos casos chegou a 3.274 no último dia 28 de julho, uma alta de 254% comparada à do dia 1 de julho.

O mesmo aconteceu no Paraná e no Rio Grande Sul.

Já na região Centro-Oeste, Goiás vem registrando uma forte alta no número de novos casos desde o último dia 21 de julho.

Aumento de casos em Minas Gerais

O Estado vinha controlando o contágio da doença, mas, a partir de junho, tem registrado um aumento no número de casos e óbitos.

Bastaram, por exemplo, apenas 20 dias para que Minas Gerais dobrasse a marca de mil mortes pelo novo coronavírus.

Apesar de a média de mortes por 100 mil habitantes ser mais baixa do que seus vizinhos do Sudeste, o Estado apurou, nos primeiros 20 dias de julho, em média 52 mortes por dia e 2.339 novos casos.

Segundo Alves, em Belo Horizonte, que até então, tinha sido bem-sucedida em controlar a pandemia, o número de casos aumentou — e a taxa de ocupação das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) voltou a subir, atingindo 92%, patamar semelhante ao início deste mês.

Já Uberlândia, a segunda cidade mais populosa do Estado, com quase 700 mil habitantes, é um dos epicentros da pandemia no Estado.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Mais de 107 mil pessoas devolveram o auxílio emergencial recebido de forma indevida
O Brasil registra novo recorde de coronavírus: mais de 52 mil casos de contágio em 24 horas
https://www.osul.com.br/veja-tres-motivos-que-explicam-por-que-os-casos-de-coronavirus-voltaram-a-crescer-no-brasil/ Veja três motivos que explicam por que os casos de coronavírus voltaram a crescer no Brasil 2020-07-31
Deixe seu comentário
Pode te interessar