Por Redação O Sul | 29 de maio de 2025
As vendas do setor supermercadista registraram alta de 1,25% em abril, em relação ao mês anterior, conforme monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Frente ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 2,63%. De janeiro a abril, o indicador acumula alta de 2,52%.
Os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) e abrangem todos os formatos de supermercados.
Segundo Marcio Milan, vice-presidente da Abras, embora o crescimento de 1,25% em abril, influenciado pela sazonalidade da Páscoa, possa parecer modesto, ele ocorreu sobre uma base comparativa elevada, já que, em março, o consumo avançou expressivamente 6,96%.
Em abril, o AbrasMercado — indicador que mede a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo — registrou alta de 0,82% na média nacional. O valor da cesta passou de R$ 812,54 em março para R$ 819,20 em abril. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,83%.
Entre os produtos básicos que mais contribuíram para o avanço mensal, destacam-se o café torrado e moído (+4,48%), o feijão (+2,38%) e o leite longa vida (+1,71%). Em contrapartida, o arroz (-4,19%), a farinha de mandioca (-1,91%) e o óleo de soja (-0,97%) apresentaram retração.
Análise regional
O Norte e o Centro-Oeste apresentaram alta de 0,96% cada. No primeiro, o valor passou de R$ 874,30 para R$ 882,70. Já no segundo, a cesta aumentou de R$ 767,57 para R$ 774,96.
No Nordeste, a variação foi de 0,78%, com a cesta subindo de R$ 723,43 para R$ 729,09. Já no Sudeste, o aumento foi de 0,68%, passando de R$ 831,96 para R$ 837,59.
A menor variação foi registrada no Sul, com uma alta de 0,62% e o preço da cesta avançando de R$ 896,55 em março para R$ 902,09 em abril.
Imposto de Importação
A decisão do governo federal de zerar o imposto de importação pra alguns alimentos não teve o efeito esperado na redução dos preços, disse Marcio Milan, vice-presidente da Abras.
“Os produtos selecionados tem pouca representação de importação e o mercado se ajustou internamente”, disse Milan na coletiva realizada nessa quinta-feira (29).
Em vigor desde março, a medida impôs a redução a zero do imposto de importação de 11 alimentos, incluindo carnes, sardinha, café torrado, café em grão, azeite de oliva, açúcar, óleo de palma, óleo de girassol, milho, massas e biscoitos.
Segundo Milan, o único efeito observado até o momento foi a redução nos preços do azeite de oliva, que registraram queda de 10% a 12%. “Nos demais, ainda não identificamos baixa.” (Com informações do Valor Econômico)
