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Mundo A Venezuela pagou 30 bilhões de dólares à Odebrecht por obras incompletas

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São 11 obras citadas pela procuradora Luisa Ortega Díaz em coletiva. (Foto: Reprodução)

A Venezuela pagou à Odebrecht US$ 30 bilhões por obras que ainda não estão finalizadas, disse nesta segunda-feira a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, que se comprometeu a investigar o caso de corrupção de forma prioritária.

“A quantia de US$ 30 bilhões é a que o estado venezuelano desembolsou, pagou à Odebrecht por 11 obras de infra-estrutura que estão incompletas, entre elas a terceira ponte sobre o rio Orinoco e o Metrô de Caracas”, disse Ortega em entrevista coletiva.

A titular do Ministério Público abriu nas últimas semanas várias investigações contra dirigentes do governo do presidente Nicolás Maduro, a partir de abril, ao denunciar uma suposta ruptura do fio “constitucional” no país por parte do Tribunal Supremo.

“Como estão essas obras na atualidade? À simples vista é possível constatar como estão essas obras, paralisadas. Quem se faz responsável? A quem devemos exigir? Quem dá a cara ao país sobre esse desfalque?”, questionou a procuradora sobre as obras relacionadas à Odebrecht.

Ela lamentou as dificuldades do Ministério Público em ter acesso às provas sobre o caso de corrupção envolvendo a construtora fora do país, já que, conforme alegou, os funcionários do Ministério Público temem que o governo anule seus passaportes, como fez com vários opositores quando estes saíram da Venezuela.

“Isso é o que estão fazendo, impedindo que o Ministério Público possa solicitar evidências, que examine, sobre um fato de corrupção que não somente teve impacto na Venezuela, como em toda a região, e corroboramos que há muitos funcionários em atividade que aparecem envolvidos nessas irregularidades”, afirmou.

A procuradora-geral ressaltou ainda a necessidade de que os funcionários e os magistrados do Tribunal Supremo de Justiça não tenham antecedentes criminais nem “ostentem mansões em outros países”, e recriminou os magistrados do Supremo que considera ilegítimos por tentarem “atar as mãos” do Ministério Público com suas sentenças.

Ortega fez estas declarações um dia após as eleições da Assembleia Nacional Constituinte convocadas pelo governo, apesar da rejeição da oposição e da própria procuradora. Em um discurso no ato de comemoração das eleições, o presidente Nicolás Maduro reafirmou que, uma vez instalada, a Assembleia Constituinte intervirá no Ministério Público e tomará o controle da instituição.

Ditadura

Luisa Ortega afirmou que o país está diante de uma “ambição ditatorial” com a realização, neste domingo, da eleição para a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro. Ortega, uma chavista declarada que têm criticado decisões do presidente, disse não reconhecer a Constituinte.

“Me dirijo ao país para ignorar a origem, o processo e o suposto resultado da imoral Constituinte. Estamos frente a uma ambição ditatorial”, disse Ortega em um pronunciamento à imprensa. Segundo ela, a Assembleia Constituinte “não tem legitimidade”.

Ortega disse também anunciou uma investigação sobre as 10 mortes que ocorreram neste domingo, durante a votação. “No dia de ontem, digo com responsabilidade, 10 pessoas perderam a vida no contexto da eleição viciada”, indicou. (AG)

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https://www.osul.com.br/venezuela-pagou-30-bilhoes-de-dolares-odebrecht-por-obras-incompletas/ A Venezuela pagou 30 bilhões de dólares à Odebrecht por obras incompletas 2017-08-01
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