Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2016
Em meio à pior crise econômica das últimas décadas e com pouco acesso a produtos de limpeza, remédios e alimentos, os venezuelanos podem ficar também sem cerveja. A Caveface (Câmara Venezuelana de Fabricantes de Cerveja) informou nessa quarta-feira que, caso não haja a liberação de divisas para a importação de matérias-primas, há estoque da bebida apenas até o fim do mês de março.
“Se as permissões para a importação e para obtenção de divisas para os importadores de cevada não forem concedidas, existe o risco iminente que a produção seja interrompida, afetando a disponibilidade de um dos produtos preferidos dos venezuelanos”, disse a entidade. O comunicado foi publicado pelo diário El Nacional.
Ainda de acordo com a Caveface, a produção industrial de cerveja é um processo contínuo e muito complexo para ser interrompido sem que a operação seja interrompida. A entidade pediu que o governo evite a paralisação da produção, uma vez que os estoques de cevada e lúpulo duram no máximo até março. “A Caveface reitera sua disposição a se reunir as vezes que forem necessárias com as autoridades.”
Escassez
Em 2015, a escassez de produtos importados provocada pela distorção cambial na Venezuela afetou as tinturas de cabelo. À época, a Associação de Empreendedores e Microempresários de Estética e Beleza informou que muitos revendedores de tinta para cabelo fecharam, pois não tinham acesso aos dólares necessários para importar os produtos. “O governo deve liberar os dólares para o setor e reconhecer nossos direitos”, acrescentou.
