Quinta-feira, 04 de dezembro de 2025
Por Bruno Laux | 3 de dezembro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Porto Alegre passará a contar com equipe especializada em saúde mental no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade a partir de projeto de lei aprovado nesta quarta-feira pela Câmara Municipal. De autoria conjunta dos vereadores Alexandre Bublitz (PT) e Psicóloga Tanise Sabino (MDB), a matéria busca prestar atendimento pré-hospitalar especializado a pessoas em sofrimento psíquico agudo ou em situação de crise e garantir resposta rápida, humanizada e integrada à Rede de Atenção Psicossocial. Para os proponentes da medida, a composição da nova equipe deve ajudar a reduzir mortes evitáveis, internações desnecessárias e situações de violência relacionadas a emergências em saúde mental. O projeto segue sanção do prefeito Sebastião Melo.
Desenvolvimento do Norte
Segue para sanção do governo gaúcho, com aval da Assembleia Legislativa, o projeto do deputado estadual Paparico Bacchi (PL) que institui o Corredor de Desenvolvimento e Turismo da Região Norte do RS. Aprovada nesta semana pelo Parlamento, a matéria estabelece uma faixa integrada de mobilidade e desenvolvimento econômico, conectando municípios entre o Noroeste e o Alto Uruguai por meio de trechos rodoviários estratégicos. O autor do texto afirma que a medida resgata uma articulação histórica pela reintegração do Norte gaúcho, que, após a inundação da estrada e da ponte do antigo Passo da Entrada com a construção da Barragem do Rio Passo Fundo, ocorrida há décadas, passou a enfrentar limitações de infraestrutura e, especialmente, de conectividade. O novo corredor contemplará os municípios de Porto Xavier, Boa Vista do Buricá, São Martinho, Palmeira das Missões, Sarandi, Erechim, Marcelino Ramos, Maximiliano de Almeida, Machadinho e São José do Ouro.
Prioridades da indústria
Durante o encerramento do ciclo anual Rota FIERGS 2025 em Porto Alegre, nesta quarta‑feira, lideranças empresariais da Região Metropolitana definiram prioridades estratégicas para impulsionar o desenvolvimento industrial e enfrentar desafios regionais. Entre as demandas, destacou‑se a necessidade de aproximação com os governos estadual e municipais para viabilizar projetos de contenção de cheias, especialmente em cidades afetadas por eventos climáticos, como Porto Alegre e Canoas. O setor também reivindica políticas de valorização dos produtos gaúchos e articulação política mais forte em Brasília em defesa da indústria. Empresários alertaram também para a urgência nas demandas de qualificação do transporte público intermunicipal e de expansão de programas de capacitação de mão de obra para municípios menores.
Capacitação ampliada
Presidente da Assembleia Legislativa do RS, o deputado Pepe Vargas (PT) assinou nesta quarta-feira, em Bento Gonçalves, um Termo de Cooperação Técnica com a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, voltado ao aprimoramento da capacitação dos quadros da Casa. Formalizado durante a 28ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), o convênio será executado por meio da Escola do Legislativo, visando ampliar as oportunidades de formação profissional para servidores e parlamentares estaduais. O acordo prevê a oferta de descontos em um amplo leque de cursos, incluindo graduação, pós-graduação lato e stricto sensu, além de formações de aperfeiçoamento e extensão disponibilizadas pela ABRADEP. “Quanto mais conhecimento tivermos, melhor será a qualidade da legislação eleitoral e, portanto, da democracia”, pontua Pepe.
Fogos sem barulho
Com placar de 42 votos favoráveis e 7 contrários, a Assembleia Legislativa aprovou nesta semana o projeto que aprimora a lei de proibição de fogos de artifício com estrondo no RS. A medida, proposta pela deputada Luciana Genro (PSOL), atende às demandas de entidades de proteção animal e da comunidade autista, focando na redução do sofrimento causado pela hipersensibilidade sonora. O principal avanço trata da obrigatoriedade de fiscalização prévia, exigindo que o ruído do artefato seja testado pelo fabricante e conste obrigatoriamente na embalagem. A nova redação, construída em mediação com a indústria, garante segurança jurídica à cadeia produtiva, mantendo permitidos apenas os fogos mais silenciosos e de luzes. Atualmente, o uso irregular dos artefatos com ruído é considerado crime e é passível de multa, que varia entre R$3 mil e R$27 mil. (Por Bruno Laux)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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