Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2017
O vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), xingou nesta quarta-feira (13) de “bosta” e “merda” o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), na cerimônia de assinatura da venda da folha de pagamento da Casa para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Segundo o peemedebista, Imbassahy “tem o rei na barriga” e é o “pior ministro da articulação política que um governo podia ter”.
“Você é um bosta, é um merda”, gritou Ramalho em direção a Imbassahy, ministro responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.
“Deve ter o rei na barriga”, completou o vice-presidente da Câmara, antes de ser interpelado pelo deputado Beto Mansur (PRB-SP), que tentou apaziguar os ânimos. Imbassahy não respondeu aos insultos do deputado do PMDB.
A assessoria de Imbassahy informou à reportagem que o ministro tucano não vai se manifestar sobre o assunto.
O desentendimento ocorreu pouco antes do início da solenidade, realizada no salão verde da Câmara. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), estava no local, mas disse não ter visto a confusão.
Procurado pela reportagem, Fábio Ramalho explicou que os xingamentos ao ministro da Secretaria de Governo foram motivados por um episódio que havia ocorrido mais cedo no Planalto.
De acordo com o vice da Câmara, ele estava no palácio na manhã desta quarta e foi ignorado por Imbassahy ao encontrá-lo em um corredor.
“Eu estava no palácio e chamei ele [Imbassahy], mas ele passou com desprezo. Se ele não me atende bem no palácio, porque eu tenho que cumprimentar? Não tem isso. Falei com ele: ‘você é um péssimo ministro, é o pior ministro de articulação política que um governo podia ter’”, enfatizou.
Questionado sobre se é um problema o ministro responsável pela articulação política ter atritos com um dirigente da Câmara, Ramalho respondeu:
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), formalizou hoje (13) a venda da folha de pagamento da Casa para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A assinatura do contrato firmado com os bancos foi realizada em evento hoje (13), no Salão Verde da Câmara.
A medida integra um conjunto de ações anunciadas pela presidência da Câmara, no fim do mês passado, com o objetivo de cortar um total de R$ 236 milhões nas despesas programadas para este ano. A direção da Câmara estima que só o convênio com os bancos pode gerar uma receita de R$ 221 milhões. Os recursos serão transferidos para o Tesouro Nacional.
Participaram da solenidade integrantes da mesa diretora da Câmara, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, além dos presidentes da Caixa, Gilberto Ochi, e do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, representante do Tesouro Nacional e vários parlamentares. (AG/ABr)