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Rio Grande do Sul Vinhos do extremo sul gaúcho ganham indicação geográfica

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Indicação de procedência foi dada a 18 vinícolas da Campanha Gaúcha

Foto: Divulgação
Economia ao trazer a bebida da Argentina pode ser de 85%. (Foto: Divulgação)

Os vinhos tintos, brancos, rosé e espumantes produzidos na região da Campanha Gaúcha, no extremo sul do Brasil, próximo às fronteiras do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina, foram reconhecidos com identificação geográfica própria pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

A decisão, que atribui indicação de procedência, foi anunciada no início de maio, e garante selo de autenticidade à produção de 18 vinícolas que atuam em 14 municípios contornados pelas regiões da Serra do Sudeste, Missões e Depressão Centrada.

De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Campanha Gaúcha é o segundo polo de produção nacional de vinho, com 31% da produção, atrás apenas da Serra Gaúcha que concentra 59% de toda a produção do país.

No ano passado, os 1.512 hectares das vinícolas renderam mais de 5,6 milhões de litros de vinho. O regulamento do uso da indicação de procedência expedido pelo Inpi prevê a produção de vinhos com até 36 tipos de uvas (cultivares de Vitis vinífera).

Na produção do vinho tinto, o destaque é para a uva Cabernet Sauvignon. No caso do vinho branco e dos espumantes, há proeminência da uva Chardonnay. Segundo especialistas da Embrapa, o vinho tinto da região tem cor com “matiz-vivo rubi claro”. Os vinhos brancos têm “matiz palha ou amarelo-claro” e os espumantes são de “coloração clara ou rosé”.

Clima, solo e relevo propícios

A Campanha Gaúcha está entre as coordenadas 29ª e 32ª de latitude sul, faixa de outras regiões vitivinícolas da Argentina, Uruguai, Chile, África do Sul, Nova Zelândia e Austrália. As parreiras das uvas estão em grandes extensões de baixa declividade, o que favorece a mecanização da colheita, barateia custos e possibilita maior escala de produção. A área é ensolarada, mais quente e com menor volume de chuvas do que outras regiões produtoras no sul do Brasil.

A maioria das vinícolas (15 das 18) são de pequeno porte, com oito empregados em média, o triplo na época da colheita – que inicia em janeiro, com a retirada da uva Chardonnay, e termina em abril com o colhimento da uva Cabernet Sauvignon. Segundo Peruzzo, o porte das vinícolas faz com que “não concorram com grande produção, mas com qualidade.”

Além da comercialização do vinho, há expectativa entre os produtores que a indicação geográfica atraia outros negócios. De acordo com o Ministério do Turismo, o município de Bento Gonçalves, grande polo brasileiro do vinho, tem 800 mil turistas registrados anualmente, e recebe mais de 350 mil no período de colheita da uva.

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https://www.osul.com.br/vinhos-do-extremo-sul-gaucho-ganham-indicacao-geografica/ Vinhos do extremo sul gaúcho ganham indicação geográfica 2020-05-31
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