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Colunistas Violência contra a mulher não é drama de casal. É crime!

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Só no Rio Grande do Sul, já tivemos 36 feminicídios no primeiro semestre deste ano.

Foto: Freepik
Só no Rio Grande do Sul, já tivemos 36 feminicídios no primeiro semestre deste ano. (Foto: Freepik)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Não dá mais pra fingir que não vê. Essa semana, uma cena revoltante circulou nas redes sociais: em Natal (RN), uma mulher foi espancada com 60 socos pelo próprio companheiro. Uma violência absurda, covarde, que não pode ser tratada como “briga de casal”. Isso é crime! E, pior, é só mais um entre tantos casos que acontecem todos os dias no Brasil.

A cada 24 horas, quatro mulheres são assassinadas no nosso país. Só no Rio Grande do Sul, já tivemos 36 feminicídios no primeiro semestre deste ano. E isso é só a ponta do iceberg. Muitas vezes, a violência fica escondida dentro de casa, entre a vítima e o agressor, abafada pelo medo, pela vergonha ou pela dependência.

Precisamos falar a verdade: nenhuma mulher deve ser agredida, silenciada ou culpabilizada.

A violência – seja física, psicológica, moral ou sexual – destrói vidas, corrói famílias e enfraquece a sociedade inteira. Não podemos mais tratar isso como algo privado. É um problema social grave, e tem que ser enfrentado com coragem, com políticas públicas e com leis mais severas ao agressor, que funcionem de verdade. No meu mandato, tenho me dedicado a criar alternativas reais pra mudar essa situação.

Entre os projetos que mais me orgulho, estão:

– Projeto de Lei do “Programa Volta Por Cima”, que oferece acolhimento psicológico, capacitação profissional e apoio para inserir mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho;

– Projeto de Lei “Programa Maria Confeiteira e Artesã”, que ensina na prática confeitaria e artesanato, pra garantir uma fonte de renda própria e abrir caminhos para o empreendedorismo feminino;

– Projeto de Lei “Auxílio Mãe Solo” , que prevê um auxílio temporário de R$ 600, além de creche em tempo integral e atendimento prioritário na saúde pública.

Tenho certeza de que a autonomia financeira é o caminho mais direto pra salvar vidas. Quando a mulher depende do agressor pra viver, ela vira refém da violência. Mas quando conquista sua própria renda, volta a ter dignidade, liberdade e segurança.

Também defendo a criação de um fundo estadual permanente de apoio à mulher em situação de risco, porque proteger quem sofre violência precisa ser prioridade todos os dias, não só quando o caso viraliza.

A luta é por respeito, por justiça, e principalmente por vida. E enquanto eu estiver na Assembleia Legislativa, essa luta será minha também. Chega de silêncio. Chega de omissão. Pela vida das mulheres, o combate à violência tem que ser firme e constante.

(Kaká D’Ávila é deputado estadual pelo PSDB)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/violencia-contra-a-mulher-nao-e-drama-de-casal-e-crime/ Violência contra a mulher não é drama de casal. É crime! 2025-07-30
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