Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2025
O abacate, conhecido em grande parte da América Latina como aguacate ou palta, é um alimento cada vez mais presente na dieta mundial. Seu consumo em vitaminas despertou o interesse pelas propriedades curativas que concentra, relacionadas à saúde cardiovascular, à digestão e ao sistema imunológico.
Do ponto de vista nutricional, o abacate se encontra no grupo das gorduras saudáveis, já que metade de uma unidade média contém uma quantidade de lipídios equivalente a uma colher de sopa de azeite de oliva.
Pesquisas de instituições como a Universidade de Harvard destacam que essa fruta é considerada um alimento de alta densidade nutricional. Isso significa que, apesar de seu aporte calórico, inclui vitaminas, minerais e fibras em proporções significativas, o que a torna uma opção interessante para quem busca uma dieta equilibrada.
Quais são as propriedades do abacate? Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), um abacate de tamanho médio, com peso aproximado de 200 gramas, fornece:
– Calorias: 322;
– Gordura: 30 g;
– Proteínas: 4 g;
– Carboidratos: 17 g;
– Fibra: 14 g;
– Vitamina C: 22% do valor diário (VD);
– Vitamina E: 28% do VD;
– Vitamina K: 35% do VD;
– Riboflavina (B2): 20% do VD;
– Niacina (B3): 22% do VD;
– Ácido pantotênico (B5): 56% do VD;
– Piridoxina (B6): 30% do VD;
– Folato: 41% do VD;
– Magnésio: 14% do VD;
– Potássio: 21% do VD;
– Cobre: 42% do VD;
– Manganês: 12% do VD.
Nutrientes
Um dos nutrientes mais relevantes dessa fruta é o potássio, cuja ingestão adequada auxilia em funções corporais essenciais, como a regulação da pressão arterial e o equilíbrio nervoso. Outro componente importante é a vitamina B6, que desempenha um papel fundamental no sistema imunológico e em processos ligados ao metabolismo energético.
Ao preparar essa vitamina, combinam-se gorduras monoinsaturadas, fibras e antioxidantes que contribuem para o bem-estar do coração. Estudos de longo prazo realizados nos EUA revelaram que pessoas que consumiam pelo menos um abacate por semana apresentavam risco menor de desenvolver doença coronariana em comparação àquelas que não o incluíam na dieta.
A chave está na substituição: trocar alimentos ricos em gorduras saturadas, como manteiga ou carnes processadas, pelo abacate ajuda a melhorar os níveis de colesterol e a reduzir fatores de risco associados a problemas cardiovasculares.
Entre outros benefícios, também se destacam:
– Propriedades digestivas: seu alto teor de fibras favorece o trânsito intestinal e ajuda a manter um equilíbrio saudável na microbiota. A fibra solúvel contribui para nutrir bactérias benéficas, enquanto a insolúvel facilita a regularidade digestiva. Um estudo mostrou que o consumo diário aumenta a diversidade bacteriana intestinal, o que se associa a melhor saúde digestiva e menor risco de inflamações crônicas.
– Saciedade e controle de peso: ao ser incorporado em uma vitamina, o abacate promove uma sensação de saciedade prolongada, útil no controle do peso corporal. Apesar de sua alta densidade calórica, a combinação de fibras e gorduras saudáveis ajuda a reduzir a ingestão de outros alimentos ao longo do dia.
– Propriedades antioxidantes e protetoras: contém carotenoides, vitamina C, vitamina E e compostos fenólicos, todos reconhecidos por sua ação antioxidante. Esses elementos reduzem os danos causados pelos radicais livres, o que é benéfico para a prevenção de doenças crônicas.
– Sistema nervoso: durante a gravidez, especialistas recomendam o abacate por seu aporte de folato, nutriente essencial para a formação do sistema nervoso do feto. De acordo com a National Library of Medicine, uma única unidade pode fornecer cerca de um quarto da ingestão diária recomendada desse micronutriente.
– Saúde mental: o folato também ajuda a evitar o acúmulo de homocisteína, um composto que pode afetar a função cerebral e o humor. Por isso, o consumo de abacate está associado a menor risco de depressão.
– Melhora na saúde óssea: a fruta contém minerais como boro e magnésio, que contribuem para a manutenção da densidade mineral e da força dos ossos. As informações são do jornal La Nación.
