Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Se dependesse de um plebiscito para que a população decidisse sobre a presidência da Câmara, a partir de 2019, o escolhido seria o deputado federal Capitão Augusto, do PR de São Paulo. É alinhado com Jair Bolsonaro e representa a chamada bancada da bala, grupo de parlamentares que defende causas ligadas à segurança pública. Já disse que quer a presidência da Câmara para pautar projetos de combate à violência.
Perfil para área
O mais cotado para o Ministério das Relações Exteriores, no eventual governo Bolsonaro, é Luiz Philippe de Orleans e Bragança, tetraneto do imperador Dom Pedro II.
Um lance após o outro
Os apoios de Jairo Jorge e Onyx Lorenzoni (ponta de lança de Bolsonaro) a José Ivo Sartori, anunciados ontem, contrapõem-se à vantagem de Eduardo Leite na pesquisa de quarta-feira.
Questão de vontade
Na Assembleia Legislativa, começa a ser cogitada como indispensável a proposta de um pacto político responsável para o próximo ano. Muitos veem como a saída para a mais grave crise nas finanças do governo do Estado.
Exposto por 11 anos
Desde 2007, Marco Alba, prefeito reeleito de Gravataí, estava na linha de tiro por acusações de fraude à licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha. Ontem, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu por unanimidade absolvê-lo. Quem pagará pelos prejuízos?
Dois campos
É do economista e professor Gustavo Franco, um dos articuladores do Plano Real, a lição valiosa sobre rumos do país. Disse em outubro de 1998: “Impostos, gastos e cortes de gastos são problemas da sociedade, antes de serem problemas do governo. O equilíbrio fiscal é apenas parcialmente uma questão técnica. O lado técnico é simples: o setor público só pode gastar um total financiável por tributos e por empréstimos de custo suportável. Quando esse esquema falha, o país cai na inflação.”
Ginástica de interesses
Seguiu Gustavo Franco: “O lado político é mais complexo. É preciso conciliar os desejos das pessoas e dos grupos e definir tarefas para o governo. Mas é preciso também conciliar essas tarefas com a carga tributável e aceitável para a sociedade. O drama da escolha de cortes fica apenas mais visível nos momentos de crise, quando são necessárias medidas mais dolorosas.”
É o desenho do que o país enfrentará em 2019.
Alguns ainda sonham
O mandato eletivo nunca é conferido por notório saber ou pelos concursos de títulos, comuns na área acadêmica. O poder decorre das urnas e de nada mais.
Decepção
Comentário bem humorado numa roda de amigos que, ontem, tratava de eleições: “Pior é quando os considerandos não correspondem aos finalmente.”
Profissão animada
A Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados, aprovou proposta que regulamenta requisitos, direitos e obrigações da profissão de DJ. Seguirá direto para o Senado. Se aprovado, os disk jóqueis prometem festejar no plenário com som estridente de baile funk.
Vai às alturas
O governo argentino concluiu ontem as contas: a inflação de setembro foi a 6,5 por cento. Desde janeiro, soma 32,4. No ano passado, ficou em 24,8.
Capricham
Concluídas as eleições, candidatos começarão a vender o repertório de excessos verbais para a edição de uma enciclopédia. Vai dar dinheiro…
Em busca do estilo
Alguns dos eleitos, que vão estrear nos parlamentos, dedicam-se a cursos rápidos de oratória. Em alguma das aulas, talvez ouçam uma citação de Machado de Assis no conto Teoria do Medalhão: “O adjetivo é a alma do idioma, a sua porção idealista e metafísica. O substantivo é a realidade nua e crua, é o naturalismo do vocabulário.”
Há 20 anos
O mais votado no país, em 1998, foi José Genoino, do PT. Ex-guerrilheiro do Araguaia e ex-integrante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, conquistou vaga na Câmara dos Deputados, por São Paulo, com mais de 300 mil votos.
Reprise de outras eleições
Até o dia 28 deste mês, comitês apresentam o drama Falta Pensar em Soluções. Em cena, brigam marqueteiros e marquetólogos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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