Por Redação O Sul | 24 de maio de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As mandíbulas dos governos funcionam, sobretudo em serviços indispensáveis para a população como telefonia e energia elétrica. Em relação aos combustíveis, a mordida também é forte: os tributos são ICMS (30 por cento no Rio Grande do Sul, o terceiro mais alto do País); 16 por cento da Cide e do PIS/Cofins, além de outros.
Só Piauí e Rio de Janeiro cobram mais ICMS na gasolina do que o Rio Grande do Sul.
Efeitos perversos
A greve dos caminhoneiros sempre é a mais violenta e de maiores reflexos. Começou com a corrida aos postos de abastecimento, que esgotaram os estoques. Antes disso, houve elevação oportunista e irresponsável dos preços. Começa a faltar combustível para os aviões decolarem. Supermercados não recebem produtos. Caminhões que transportam lixo para aterros sanitários pararam. A lista vai longe.
Estatal só olha seu umbigo
A variação diária no preço dos combustíveis, determinada pela direção da Petrobras, que não consulta ninguém, ajudou a criar a crise. Ontem, o ministro Eliseu Padilha tentou livrar o presidente da estatal, Pedro Parente, dizendo que ele não corre risco, “mas que o cargo é de confiança de Temer”.
Seu colega Carlos Marun, conhecido como atropelador, declarou que “há razão na reivindicação dos caminhoneiros”. Parente pode deixar as gavetas de sua mesa abertas. De repente, precisará limpá-las.
É uma espiral
O setor de telecomunicações também sofre excessiva tributação, que fica em torno de 47 por cento. Há Estados, como Rondônia, onde chega a 70 por cento.
Onde andamos
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação demonstra: entre os 30 países com maior carga tributária, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno em serviços à população.
Para tirar dúvidas
Por iniciativa do deputado Frederico Antunes, representantes da Secretaria da Fazenda, do Banrisul e da Procuradoria Geral do Estado participam hoje de reunião da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa. Vão esclarecer sobre a venda de ações do banco e os próximos passos da operação, que tem provocado discussões.
Diferença
Lideranças do PTB comentavam ontem: o PMDB insistiu na autossuficiência. O PSDB abriu a porta ao diálogo e a aliança para o governo do Estado foi consequência natural. Os dois partidos vão se coligar também para chapa à Câmara dos Deputados.
Socialistas começam a decidir
Os 100 integrantes do diretório estadual do PSB se reunirão a partir das 9h de sábado no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre. O primeiro assunto da pauta será o rumo para o governo do Estado. Escolherão entre candidatura própria, apoio a José Ivo Sartori, a Eduardo Leite ou a Jairo Jorge.
Depois, tratarão do Senado. Na hipótese de coligação e oferecimento de apenas uma vaga ao partido, se o candidato será Beto Albuquerque ou José Fortunati.
As indicações irão para decisão final no congresso do partido a 21 julho.
Maior controle
O combate à violência ganhou reforço em Gravataí, com a inauguração da Central de Videomonitoramento da Guarda Municipal. Agora, os agentes irão controlar de forma ininterrupta, durante as 24 horas do dia, as 318 câmeras distribuídas nos prédios e áreas públicas da cidade, como praças, os 27 postos de saúde, as 75 escolas municipais e demais pontos com maior circulação de pessoas.
Foi um dos compromissos de campanha do prefeito Marco Alba.
Filosofia de estrada
No para-choque de um caminhão parado ontem em Três Cachoeiras: “A diferença entre um credor e um devedor é que o primeiro tem a memória muito melhor.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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