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Política O YouTube removeu de sua plataforma o vídeo de uma deputada que promovia desinformação sobre o coronavírus

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Bia Kicis: comissão presidida por deputada lidera em requerimentos. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O YouTube removeu um vídeo postado pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) em seu canal na plataforma por promover desinformação sobre o coronavírus.

No vídeo, a deputada, indicada pelo presidente Jair Bolsonaro e cotada para assumir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, fazia uma entrevista sobre vacinação com um médico negacionista da pandemia chamado Alessandro Loiola.

O médico é autor do livro intitulado “covid-19: a fraudemia”, um compêndio de teses anticientíficas e teorias conspiratórias. Recentemente, o YouTube havia removido outra entrevista com Loiola, ao jornalista Luís Ernesto Lacombe.

“A minha resposta será no Parlamento, como uma deputada que seguirá lutando pela liberdade de expressão e contra os abusos daqueles que se julgam donos da verdade e querem transformar a ciência em uma ciência fascista, sem espaço para o debate e a pluralidade”, disse a deputada Bia Kicis, reagindo à medida tomada pela plataforma de vídeos.

“O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que promovam desinformação sobre a covid-19”, declarou a plataforma do Google, por meio de nota. “Desde o início de fevereiro, analisamos e removemos manualmente mais de 800 mil vídeos relacionados a afirmações perigosas ou enganosas sobre o vírus. É nossa prioridade fornecer informações aos usuários de maneira responsável, por isso continuaremos com a remoção de vídeos que violem nossas regras.”

No final de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro citou um estudo alemão para criticar supostos efeitos colaterais do uso de máscaras durante uma live. A pesquisa era uma análise de pouco rigor científico e incapaz de comprovar relação com os problemas mencionados em crianças. O artigo também não foi revisado por pares, nem publicado em revistas científicas até o momento.

Evidências apontam que, nesse mais recente ataque ao uso de máscaras, Bolsonaro se baseou em um tuíte do mesmo médico negacionista que concedeu entrevista para a deputada da base governista; Alessandro Loiola já foi alvo de quatro verificações do Projeto Comprova por espalhar informações falsas.

Especialistas apontam que é pouco confiável a metodologia da pesquisa, na qual pais de crianças que supostamente usam máscaras foram convidados a preencher um questionário na internet. Eles destacam ainda que os principais órgãos de saúde continuam recomendando o uso de máscaras como forma de proteger as crianças do contágio pelo novo coronavírus, inclusive na própria Alemanha.

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