Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 31 de março de 2022
Usuários que têm o aplicativo de vídeos YouTube Vanced instalado no Android têm recebido avisos do Google de que o programa é nocivo, segundo relatos divulgados nas redes sociais nesta semana.
O aplicativo é uma alternativa ao popular serviço de vídeos da empresa norte-americana e oferece o mesmo conteúdo com novos recursos.
Lançado em 2019, o aplicativo tem como diferencial o bloqueio aos anúncios do YouTube – uma vantagem que o serviço do Google permite apenas para os assinantes da versão Premium.
Com o aplicativo alternativo ainda é possível ver o conteúdo com uma janela em miniatura (“Picture-In-Picture”) e alterar o visual do serviço de vídeos, dentre outros.
Além das mensagens sobre o YouTube Vanced ser nocivo, há ainda imagens de bloqueio da instalação do aplicativo pelo recurso Google Play Protect. A notificação explica que o programa tenta driblar a segurança do Android.
O YouTube Vanced foi removido da Play Store no último dia 13 de março. Ainda assim, usuários que tinham baixado o app anteriormente ou conseguiram o arquivo de forma alternativa ainda conseguiam acessar o serviço.
Os desenvolvedores até tentaram continuar com o aplicativo mudando seu nome para Vanced Manager. Porém, anunciaram que o projeto vai ser suspenso.
“Nos próximos dias, os links de download no nosso site vão ser derrubados. Nós sabemos que isso não era o que vocês queriam ouvir, mas é algo que nós precisamos fazer”, informa um post no perfil do serviço no Twitter.
Google pode estar abusando do Play Protect
O Play Protect do Android deve ser usado apenas para proteger o celular de ameaças reais. No caso do Vanced Manager, somente a versão 2.6.0 é apontada como possivelmente perigosa – a versão mais nova 2.6.2 não exibe avisos –, e o Google nem especifica o motivo pelo qual o app é considerado prejudicial.
Se o Google estiver abusando do Play Protect apenas para remover o aplicativo por questões judiciais, a ferramenta poderá perder credibilidade entre os usuários. O Vanced violou os termos de serviço do YouTube, mas é trabalho da Justiça decidir o destino do aplicativo, não do Google.