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Armando Burd A escolha entre mudar e contornar

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O mais difícil na gestão pública é a prática do jogo da verdade. Traz decepções à população que sempre acredita no dinheiro infinito em caixa. Provoca a ira de corporações por não ver pretensões salariais atendidas. Quando há revelação de dados do balanço, o novo administrador é acusado de querer se esconder atrás do biombo para justificar a não realização de promessas.

NADA COMO OS NÚMEROS
O mais fácil para quem assume é não se incomodar. Basta aumentar tributos e buscar mais financiamentos. O prefeito Nelson Marchezan Júnior, ontem, rompeu a tática da fuga e expôs os registros contábeis, até agora incontestáveis.

QUESTÃO DE TAMANHO
O ex-vice-prefeito Sebastião Melo adapta uma frase muito usada pelo apresentador de TV Nelson Rubens: “Marchezan não inventa, mas aumenta.”

CONTRAPONTO
Técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda, vinculados à gestão anterior, argumentam: 1) o novo governo despreza como receita empréstimos já contratados e garantidos que entrarão na conta da Prefeitura este ano; 2) a utilização do dinheiro do caixa único é comum em todas as administrações.

QUEDA DE BRAÇO
Sob os olhos atentos do governo do Rio Grande do Sul, desdobra-se o embate entre Eliseu Padilha, dono da caneta com as tintas do poder, e Henrique Meirelles, guardião da chave do cofre. O ministro da Fazenda há semanas afirma que não admite renegociação com os Estados enforcados. O chefe da Casa Civil diz o contrário e sairá como vencedor em mais um round.

SÓ EXISTE NO PAPEL
O socorro aos Estados acontece 17 anos após a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, cantada em prosa e verso pelo governo Fernando Henrique como o grande instrumento para impor ao setor público a disciplina fiscal. Vários artigos da legislação previram limite dos gastos em relação à arrecadação, e puseram freio no endividamento. Até uma lei para punir gestores que descumprissem foi aprovada. Pouco adiantou.

DE MAL A PIOR
“Indústria começa o ano com ritmo lento. As vendas caíram e os estoques aumentaram.” Foi notícia dos jornais a 26 de janeiro de 2007. Não se aprumou mais.

ATRÁS DO DINHEIRO
O governo federal está propenso a entregar os anéis para não perder os dedos. Representantes da indústria pedem a retirada de juros e multas da renegociação de dívidas prevista no programa de regularização tributária para empresas, o mais recente Refis, editado no início do mês. Entre o dinheiro entrando em caixa e nada, o ministro Meirelles prefere a primeira opção. A Secretaria da Fazenda do Estado seguirá o mesmo caminho.

CENÁRIOS ADEQUADOS
O Festival Mundial do Circo ganha novo local: o pátio da Casa Branca. Se o frio se mantiver rigoroso e chover, as apresentações ocorrerão no Salão Oval, que tem conformação natural de picadeiro.

RÁPIDAS

* O edital para concurso da EPTC prevê a contratação de psicólogo. Motoristas que enfrentam os azuizinhos sabem o motivo.

* Novos prefeitos passam a ser conhecidos como porteiros. Adoram assinar uma portaria atrás da outra.

* O Brasil treina para próxima Olimpíada: tem violência recorde, congestionamento recorde e desemprego recorde.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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