Brasil A inflação brasileira não dá trégua e tem o pior maio desde 2008
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2016
A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 0,78% em maio, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a maior para o mês desde 2008 e ficou acima da expectativa de analistas que era de 0,72%, de acordo com o boletim Focus, elaborado pelo BC (Banco Central). Em abril, o índice subiu 0,61%.
Nos cinco primeiros meses do ano, a taxa acumula 4,05% – abaixo dos 5,34% registrados em igual período de 2015. Já no acumulado em 12 meses até maio, o IPCA ficou em 9,32%. O número ainda está acima do teto da meta definida pelo governo para este ano, de 6,5%. A expectativa de analistas é que a inflação feche o ano em 7,12%. Segundo os economistas, a alta de preços só chegaria ao centro da meta, de 4,5%, em 2019.
A aceleração do IPCA na passagem do mês de abril para maio refletiu a alta da taxa de água e esgoto, que passou de 1,51% para 10,37%; do preço dos cigarros, que saltou de deflação de 0,99% para elevação de 9,33%; e também da energia elétrica, de um recuo de 3,11% para uma alta de 2,28%. Por outro lado, os alimentos desaceleraram, passando de 1,09% para 0,78%, enquanto os preços dos combustíveis caíram 2,43% e o valor das passagens aéreas, 8,22%. (AG)
