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Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2016
Dono do escritório onde foi formalizada a compra do sítio de 173 mil metros quadrados usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Atibaia, interior de São Paulo, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, disse ter participado do negócio porque Fernando Bittar e Jonas Suassuna Filho, donos oficiais do sítio, são “clientes antigos”.
O sítio usado por Lula e sua família é alvo de investigação da Operação Lava-Jato. Segundo comerciantes locais e prestadores de serviço, parte da reforma foi bancada pela OAS e Odebrecht. Na escritura, os antigos proprietários transferiram o imóvel em duas partes, uma para Bittar e outra a Suassuna.
Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar, um dos fundadores do PT, pagou 500 mil reais por uma parte e Jonas Suassuna, primo do ex-senador Ney Suassuna, arcou com 1 milhão de reais. O negócio foi formalizado no dia 29 de outubro de 2010, dois dias antes da eleição de Dilma Rousseff. Ambos são sócios de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho de Lula.
Roberto Teixeira negou que sua atuação na venda do sítio tenha relação com os serviços que ele presta a Lula. Em nota, afirmou que “fatos são pinçados de forma a dar veracidade a uma narrativa perversa que mistura minha vida profissional com relações privadas, com o objetivo de fazer o leitor concluir que o processo imobiliário seria peça de um conluio maior, no qual se tenta envolver o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. O advogado disse que limitou-se a prestar assessoria jurídica a seus clientes. Frisou, ainda, que Lula não teve qualquer participação na compra do imóvel.
Ele também intermediou a compra da cobertura duplex onde Lula mora, em São Bernardo do Campo (SP).