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Brasil Apesar da crise, JBS/Friboi propõe aumentar em R$ 10 milhões a verba destinada aos salários dos seus administradores

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No primeiro resultado após vir a público a delação do empresário Joesley Batista, a JBS anunciou uma queda de 80% no lucro líquido. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Apesar da crise gerada pela delação de seus controladores, a JBS propôs a seus acionistas um aumento de R$ 10 milhões na verba destinada à remuneração de seus administradores em 2017, que foi definida em R$ 17 milhões em assembleia realizada no dia 30 de abril.

A proposta foi incluída entre as matérias que serão votadas em assembleia que será realizada no dia 1º de setembro. O encontro foi pedido pelo BNDESPar, braço de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para pedir investigação sobre os controladores da companhia.

O aumento seria dado apenas para os conselheiros de administração: a cifra destinada a eles subiria de R$ 2,59 milhões para um total de R$ 14,6 milhões no ano – ou cerca de R$ 1,6 milhão por conselheiro. No ano passado, a remuneração global dos conselheiros foi de R$ 2,040 milhões.

O conselho de administração da JBS é formado hoje por nove membros, entre eles Wesley Batista e José Batista Sobrinho, da família fundadora da companhia. É presidido por Tarek Mohamed Farah, que também participa da administração de outras empresas do grupo J&F.

A JBS justifica a proposta de aumento com “as substanciais transformações ocorridas na realidade empresarial da companhia no presente exercício de 2017”. “Nesse sentido, a companhia vem implementando uma série de mudanças em sua administração”, diz, em texto entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), citando novas atribuições que os conselheiros terão, como “liderar o processo de transformação e aprimoramento dos níveis de governança”.

“Ao mesmo tempo em que serão reforçadas as medidas de governança corporativa e compliance, haverá um aumento na frequência de reuniões”, continua o texto, concluindo que a remuneração atual não condiz com “o cenário desafiador ao qual a companhia está atualmente exposta”.

Queda de lucro

No primeiro resultado após vir a público a delação do empresário Joesley Batista, a JBS anunciou nesta terça-feira (15) uma queda de 80% no lucro líquido no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 309,8 milhões.

No dia 17 de maio, vazou a informação de que Joesley admitia prática de corrupção e pagamento de propina a políticos. O caso gerou denúncia contra o presidente Michel Temer e provocou uma crise de imagem na empresa – suas ações caíram e ativos tiveram de ser vendidos.

A receita líquida da JBS ficou em R$ 41,7 bilhões no período, quase 5% inferior ao registrado no mesmo trimestre do ano passado. Conforme a companhia anunciou na semana passada, por causa da apuração em andamento devido ao acordo de leniência firmado com o Ministério Público, ela divulgaria o resultado sem o relatório de revisão do auditor independente. De acordo com a empresa, a situação será regularizada após a homologação do acordo e o levantamento do sigilo.

Em junho, a empresa anunciou um acordo de leniência de R$ 10,3 bilhões firmado com o Ministério Público. Os escândalos de corrupção impactaram o negócios da empresa, mas ainda não é possível medir com precisão o tamanho do estrago.

Quando a delação veio à tona, o trimestre já passava da metade, ou seja, ela já tinha boa parte dos estoques e contratos definidos para o período. Mas precisou adaptar-se à nova realidade: a JBS mudou seu modelo de comercialização na compra de gado, restringindo os pagamentos à vista aos produtores. Por parte dos consumidores, houve campanhas de boicote nas redes sociais aos produtos da holding J&F, a controladora da JBS.

A empresa suspendeu suas tradicionais propagandas com celebridades de altos cachês, como Tony Ramos e Fátima Bernardes, e passou a esconder o nome da Friboi em seus produtos. Também fez promoções agressivas para não perder vendas. Os resultados mostram queda de 7,5% no custo dos produtos vendidos.

Em sua divulgação de resultados nesta segunda, a empresa ressalta mudanças na presidência do conselho, além de avanços em um programa de compliance. Em maio, os irmãos Joesley e Wesley Batista renunciaram aos postos de presidente e vice do conselho da JBS, após formalização de acordos de delação premiada.

A JBS também destaca o anúncio do plano de desinvestimentos, que deve gerar entrada de caixa de R$ 6 bilhões, segundo a empresa. Os ativos incluem a participação de 19,4% na Vigor, Moy Park e Five Rivers. (Folhapress)

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