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Brasil Após mortes, governador de São Paulo admite rever protocolos

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Doria anunciou ações culturais em comunidades.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Doria anunciou ações culturais em comunidades. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta quinta-feira (5) que admite rever protocolos policiais. Segundo ele, falhas no procedimento da polícia têm que ser corrigidas de imediato. “Revisar protocolos e treinamentos para que nenhum policial militar aja dessa maneira”, disse Doria, que também afirmou que orientou todos os seus secretários para criar um conjunto de propostas sociais – envolvendo ações nas áreas de lazer, cultura, esporte, cidadania e até formação profissional – para as comunidades carentes de Paraisópolis e Heliópolis. O anúncio ocorre quatro dias após a morte de dez pessoas em pancadões (bailes funks) na capital paulista – nove delas em Paraisópolis e uma em Heliópolis, ocorridas no último domingo (1º).

Segundo Doria, as ações serão desenvolvidas junto com a prefeitura e deverão ser apresentadas em breve. Ele disse ainda que as duas comunidades receberão unidades das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e que conversou com a Sabesp, empresa de água e saneamento, para que sejam priorizadas ações envolvendo melhorias no saneamento básico nessas comunidades.

Encontro com familiares

Na noite de quarta-feira, Doria recebeu familiares das vítimas de Paraisópolis e líderes comunitários. Segundo o governador, as famílias pediram que as investigações prossigam, sejam rigorosas e tenham transparência, além de que sejam acompanhadas pela Defensoria Pública, pela Promotoria e pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). “O compromisso do nosso governo é para que haja isenção na investigação”, disse.

Outro pedido feito pelas mães e parentes das vítimas é para que o governador garanta que eles não sofram represálias. “Eu assegurei que elas não precisam temer nada”, disse.

Uma nova reunião foi marcada entre o governador e as famílias para a próxima segunda-feira (9).

Mudança de discurso

Durante entrevista a jornalistas, o governador negou que o seu discurso mais duro com relação à segurança pública possa estar contribuindo para o aumento da letalidade policial no Estado. Segundo ele, o aumento da letalidade em São Paulo ocorre pelo aumento da eficiência e de ações mais amplas das polícias de combate ao crime. Ele também negou que a violência policial nas periferias seja uma rotina – e disse que circunstâncias de violências policiais devem ser punidas e os protocolos, revisados. Na última segunda-feira (2), Doria havia dito que não seriam feitas mudanças nos procedimentos policiais.

“Circunstâncias pontuais que representam falhas no procedimento da polícia têm que ser corrigidas de imediato. Aqueles que falharam e proporcionaram violência e o uso desnecessário de força, com vítimas, devem ser punidos. É inaceitável que a melhor polícia do Brasil utilize de força desproporcional e desnecessária, sobretudo quando não há nenhuma reação de agressão. Como governador do Estado não aceito que esse tipo de procedimento exista. Faremos de tudo para que isso não aconteça. Revisar protocolos e treinamentos para que nenhum policial militar aja dessa maneira”, disse Doria.

Defensoria Pública

Um plantão judiciário da Defensoria Pública foi instalado no CEU (Centro Educacional Unificado) de Paraisópolis para atender, entre quinta (5) e sexta-feira (6), moradores do local e frequentadores do baile funk. Segundo Ana Carolina Schwan, coordenadora do Núcleo Especializado da Infância e do Adolescente da Defensoria Pública de São Paulo, haverá equipes multidisciplinares para prestar atendimento psicológico e assistência jurídica.

Segundo ela, o atendimento será amplo. “Aquela pessoa que tiver uma lesão física ou psicológica decorrente do evento ou ainda pessoas que tiveram algum dano patrimonial em razão do acontecido, como um carro que possa ter sido quebrado, ou pessoas que estavam no evento e que tenham alguma coisa para relatar ou que considere importante”. A Defensoria vai garantir o sigilo sobre o atendimento.

Drones

Doria anunciou também que a polícia do Estado recebeu um equipamento antidrone para barrar tentativas de acesso ao espaço aéreo dos presídios de São Paulo. O antidrone conta com um sistema que combina detecção de frequências e ondas de rádios, áudio e sensor óptico. Após a localização e confirmação do drone invasor, entra em ação o sistema do antidrone, que embaralha a comunicação entre o equipamento clandestino e seu operador.

É a primeira vez que a solução é instalada num presídio na América Latina.

“São 145 equipamentos. Uma parte foi doado por empresas chinesas e outra parte foi adquirido por meio de um processo licitatório. O investimento total é de R$ 3 milhões”, disse o governador.

Em breve, o governo de São Paulo deve anunciar também a aquisição de bodycams, câmeras instaladas nos uniformes dos policiais que devem acompanhar ao vivo e monitorar as ações policiais.

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https://www.osul.com.br/apos-mortes-governador-de-sao-paulo-admite-rever-protocolos/ Após mortes, governador de São Paulo admite rever protocolos 2019-12-05
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