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Saúde As drogas da última geração e os novos tratamentos não conseguem vencer a diabetes, a doença crônica em que o corpo não produz a insulina

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Diabete é uma doença crônica. (Foto: EBC)

Drogas de última geração e novos tratamentos não conseguem vencer a diabete – a doença crônica em que o corpo não produz a insulina. Sem o hormônio, que controla o açúcar no sangue, aumentam os riscos de infarto, derrame, cegueira e até morte. A estimativa é de que a doença atinja mais de 400 milhões de adultos e crianças no mundo. Quase 200 milhões de doentes sequer foram diagnosticados. Cinco milhões morreram em 2015. No ano passado, o gasto com tratamento pode ter chegado a US$ 1 bilhão. No Brasil, foram US$ 21,8 milhões. O País é o terceiro em diabetes infantil (30.900 crianças de 0 a 14 anos) e o quarto em adultos (14,3 milhões). O número de brasileiros com a doença aumentou 61,8% em dez anos.

“Diabetes é uma doença negligenciada porque não dá Ibope”, diz João Eduardo Salles, presidente do XXI Congresso Brasileiro de Diabetes, realizado em novembro, em São Paulo. “O aumento da prevalência do diabetes está ligado ao estilo de vida, à obesidade, ao envelhecimento, ao acesso à medicina e à qualificação do profissional de saúde. Só vai aumentar”, afirma Fadlo Fraige, presidente da Anad (Associação Nacional de Atenção ao Diabetes), que acaba de voltar do Terceiro Fórum de Políticas Globais de Diabetes, em Roma, patrocinado pelo conglomerado farmacêutico AstraZeneca, com vista à melhoria de políticas públicas de prevenção, diagnóstico precoce, controle e acesso ao tratamento.

Esses são os objetivos em escala modesta da plataforma Saúde Inteligente Móvel contra a diabetes mellitus tipo 2 – em que o organismo ainda produz insulina, mas a obesidade impede que o hormônio atue sobre o açúcar no sangue – 90% dos casos são do tipo 2. O projeto foi desenvolvido em parceria pela Qualcomm, MTM Tecnologia, Tim e Prefeitura do Rio. Vai acompanhar por um ano 400 moradores do Complexo do Alemão, bairro pobre da capital fluminense com a ajuda de 47 médicos, enfermeiros e agentes comunitários. Duzentos serão acompanhados pelo protocolo tradicional. Outros 200 receberam um kit que inclui mochila, balança, pedômetro, monitor de frequência cardíaca e um smartphone ou tablet com conectividade de dados e um aplicativo móvel instalado. Todos foram treinados a preencher o protocolo do aplicativo que encaminha os dados para um estudo clínico. “A tecnologia pode ajudar na prevenção das doenças e na educação para o tratamento”, diz Gustavo Perez, diretor executivo da MTM.

Novos medicamentos, dispositivos e até formas de lidar com a doença mudaram a vida dos diabéticos. O Fresstyle Libre, um sensor conectado à pele da parte posterior do braço por meio de um cateter de 5 milímetros de comprimento, mede a variação de glicose 24 horas por 14 dias seguidos e dispensa as picadas de agulhas nos dedos. A startup Pocket Health Lab, de São Paulo, desenvolveu um aparelho compacto conectado a um celular para registrar os dados de medição da diabetes e enviar a um aplicativo que reúne e organiza as informações. Os laboratórios Eli Lilly e Boehringer Ingelheim acabam de lançar a primeira insulina biossimilar (cópia de um medicamento biológico) no mercado brasileiro. Tem preço 70% menor que o produto de referência.

Uma nova formulação, que melhora a secreção da insulina e o controle da doença, começou a ser testado este ano em 140 pacientes brasileiros pelo CCBR (Brasil Centro de Pesquisas Clínicas). A droga bloqueia uma enzima no aparelho digestivo, aumentando a secreção de insulina, e inibe o hormônio glucagon, que eleva o açúcar no sangue. “O remédio poderá ajudar os doentes a ter uma vida melhor”, afirma o endocrinologista Luís Augusto Russo, diretor do CCBR.

O desafio maior é a democratização do atendimento ao diabético. O que é feito na rede pública não é o mesmo que recebe quem pode pagar. Os medicamentos disponíveis no SUS aumentam a chance de hipoglicemia e aumento de peso. Os remédios mais modernos dispensam o uso da insulina. A diferença de preço é de quatro a dez vezes. “Mais de 70% dos diabéticos estão com tratamento mal feito”, diz Fadlo Fraige, da Anad. “As complicações do diabetes é que oneram o sistema de saúde, mas os medicamentos mais modernos só estão disponíveis para uma pequena parte da população”, afirma João Eduardo Salles, do Congresso Brasileiro de Diabetes.

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