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Celebridades Carla Camurati conta como foi a sua primeira aventura em uma sala de cinema

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"Como acontece até hoje, a sensação que eu tive foi de ser transportada para o filme", disse Carla. (Foto: Divulgação)

A atriz e cineasta Carla Camurati contou como foi sua primeira aventura em uma sala de cinema. “Eu tinha sete anos quando fui ao cinema pela primeira vez. Era um domingo chuvoso e a mãe da minha melhor amiga ligou, me convidando para ir ao cinema assistir a ‘O mágico de Oz’ (1939), que estava em uma sessão especial de clássicos infantis no cinema Rian, na Avenida Atlântica. Sapato boneca de verniz e vestido azul, minha roupa favorita, saí de casa me achando linda e eufórica com o momento de, enfim, entrar num cinema e ver o tamanho da tela. A sala estava lotada, e a mistura das risadas ao cheiro da pipoca aumentava a minha alegria. Quando apagaram as luzes meu coração parecia correr dentro do peito”, disse.

“Como acontece até hoje, a sensação que eu tive foi de ser transportada para o filme. Quando Dorothy adormeceu no campo de papoulas, caindo em uma sórdida armadilha da Bruxa do Leste, meu coração galopou e eu comecei a gritar: “Acorda, Dorothy! Cuidado!” Num impulso, saí correndo em direção à tela. Só me lembro da mãe da minha amiga me levando pelo braço, para fora da sala de cinema. E eu, aos prantos, dizendo: “Tem que acordar ela, Tia Dayse!”

“Assim começou o nosso amor. Depois, como atriz, sempre gostei de chegar ao set junto com a equipe técnica. Adorava ver como o fotógrafo desenha a luz e como a produção organiza o espaço de filmagem. Depois de seis filmes, comecei a sentir um desejo enorme de dirigir. Quando falei a amigos cineastas que eu queria fazer um filme sobre a História do Brasil, todos, carinhosos, me desaconselharam o tema. Mas, apesar das dificuldades, magicamente tudo deu certo com “Carlota Joaquina” (1995); desde ter Marieta Severo como protagonista até a inesperada bilheteria de 1,2 milhão de espectadores”.

“Meu segundo filme foi a primeira ópera filmada no Brasil, “La serva padrona”
(1998), de Pergolesi. O trabalho do Breno Silveira nesse longa é bárbaro: a câmera entra na música e estabelece uma relação com os cantores. Seguindo esse caminho de mãos dadas com o cinema, filmei “Copacabana” (2001), a história do bairro e de um grupo de amigos. Depois, veio o “Irma Vap” (2006), adaptação da peça de grande sucesso em que Ney Latorraca e Marco Nanini interpretavam todos os personagens. Foi difícil, eram necessárias horas de maquiagem para cada personagem, mas como são bons esses dois”.

“Na sequência fui produzir ‘Getúlio'(2014), dirigido por João Jardim, com o Tony Ramos encarnando Vargas em seus últimos dias. Precisávamos filmar nos locais onde os fatos haviam ocorrido, vários deles áreas militares, e era necessária a aprovação das forças armadas. Preciso dizer: os generais e responsáveis que leram o roteiro não fizeram qualquer restrição ou censura. Hoje, é difícil ler que existe um desejo do governo de colocar filtros, limitando abordagem de conteúdos. Mas chega! Jurei que não ia falar sobre política”.

“Quero falar do amor que eu tenho pelo cinema e dizer que fiquei muito feliz e honrada de, no último sábado, ter sido homenageada no Festival de Gramado, prêmio que dediquei às mulheres que fazem e fizeram nosso cinema. Gramado foi meu primeiro festival e, nele, senti mais uma vez o coração galopar no peito ao ouvir meu nome ser chamado para subir ao palco e receber o meu primeiro Kikito. Muito obrigada pela homenagem – e por tantas emoções ao longo da minha vida com o cinema brasileiro”, disse Carla.

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https://www.osul.com.br/carla-camurati-conta-como-foi-a-sua-primeira-aventura-em-uma-sala-de-cinema/ Carla Camurati conta como foi a sua primeira aventura em uma sala de cinema 2019-08-24
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