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Mundo Conheça os bastidores e polêmicas do prêmio Nobel

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Malala Yousafzai é a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Se você tem alguma dúvida sobre o prêmio Nobel, qualquer uma, desde como os escandinavos escolhem os premiados até por que alguns dos maiores do mundo ficaram de fora, os seus problemas acabaram.

“Maldito Prêmio Nobel!”, de João Lins de Albuquerque, é um estudo enciclopédico sobre os mistérios, meandros e bastidores da premiação mais famosa do mundo, que nasceu em 1901 para cumprir o testamento do sueco Alfred Nobel – ele morreu riquíssimo após ter inventado a dinamite e outros artefatos de guerra no século 19.

Albuquerque é um jornalista brasileiro que vive na Suécia. Por duas décadas, tem acompanhado as cerimônias em Oslo e Estocolmo. O livro é detalhado, tem quase 600 páginas e letras pequenas. Cobre os mais de cem anos da premiação, começando com uma biografia do próprio Nobel e um capítulo apenas para explicar as razões para o inventor criar o prêmio.

Hoje são seis categorias: paz, literatura, química, física, medicina e economia, mas apenas as cinco primeiras faziam parte do testamento de Nobel. O prêmio de economia foi criado por iniciativa do Banco Central da Suécia e entregue pela primeira vez em 1969.

Em seu breve testamento (reproduzido no início do livro), Nobel pediu que todos os seus bens constituíssem um fundo, cujos rendimentos anuais seriam entregues como prêmio para as diversas categorias. O valor é alto: nos últimos anos, o de literatura ficou entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão. Não é só o valor do prêmio que varia, mas também os humores e as certezas do júri, que mudam com o passar dos anos.

Cada prêmio tem seu próprio corpo de jurados: a academia sueca de letras é a responsável pela escolha anual de literatura, a Real Academia de Ciências escolhe o de física, química e economia, enquanto um comitê norueguês aponta anualmente o Nobel da Paz e um instituto sueco destaca o de medicina.

João Lins de Albuquerque vai fundo em cada uma dessas categorias. Ainda usando a literatura como exemplo, ele divide as premiações em seis fases, como quando passou a reconhecer escritores inovadores, entre 1946 e 1976, ou a buscar autores desconhecidos, mais recentemente.

É claro que as polêmicas são ingrediente obrigatório do Nobel. O autor lista não apenas os injustiçados, explicando por que não ganharam, como ainda detalha as desculpas que a academia usou para justificar tais escolhas.

Os prêmios científicos são igualmente objeto de decisões subjetivas e que variam de acordo com a época. No início do século passado, enorme importância foi dada aos físicos e químicos criadores de gases, inclusive os venenosos usados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A mecânica quântica foi a queridinha a seguir, até que a explosão da bomba atômica pelos EUA, em 1945, mudou novamente os parâmetros dos jurados.

No último capítulo, Albuquerque traça um panorama geral, em todas as áreas, dos candidatos brasileiros que poderiam ter sido agraciados com um prêmio (o Nobel não é uma premiação póstuma; só pode ser dado a uma pessoa viva) e também dos que ainda podem ser. Ainda há anexos: de curiosidades, de jurados e de todos os premiados até hoje. O livro traz tanta informação que, além de ser uma leitura divertida e interessante, serve como obra de referência.

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