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Cinema “Coringa” estreia em meio a polêmica sobre violência na tela

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Joaquin Phoenix interpreta o personagem que sofre bullying antes de se transformar no vilão. (Foto: Divulgação)

Ao justificar o Leão de Ouro para “Coringa” , Lucrécia Martel, presidente do júri do Festival de Veneza neste ano, foi precisa: “O filme é um poderoso retrato do nosso tempo, feito com grande habilidade e talento”. De início, chamou atenção que um longa inspirado num vilão de gibi saísse vencedor em uma mostra ligada ao cinema de arte – de onde saiu como favorito a alguns Oscar. Agora, porém, é o tal “poder” citado pela cineasta argentina que causa polêmica.

O filme do americano Todd Phillips , que tem como trunfo Joaquin Phoenix no papel-título (já se fala em Oscar), estreia nesta quinta-feira (03) no Brasil e sexta-feira (04) nos Estados Unidos. Entre os americanos, principalmente, há receio de que a história deste Coringa, um fracassado que inspira a revolta dos excluídos de uma Gotham City decadente, incite atos de violência dentro e fora das salas de cinema. Há quem veja o vilão como porta-voz dos incels (sigla para “celibatários involuntários”, em inglês), homens brancos que se consideram injustiçados e adotam um discurso de ódio e machismo nas redes sociais.

Passado em 1981, em uma realidade em que o menino Bruce Wayne está longe de ser o Batman, “Coringa” pretende ser uma crítica de seu protagonista. Mas, como diz o site de cultura pop “Io9”, “é fácil que alguém interprete o filme como uma celebração de pessoas assim – ideia que aparentemente não ocorreu nem a Phoenix nem a Warner Bros.”, estúdio responsável pelas adaptações envolvendo o universo da DC Comics.

Em agosto, o ator foi perguntando pelo jornal britânico Telegraph se o público poderia captar a mensagem errada do filme – e, em vez de responder a questão, abandonou a entrevista – da mesma maneira que deixava o set repentinamente durante a filmagem. Em Veneza, Phillips preferiu abordar o filme de maneira mais geral.

“Tentamos contar a história de um personagem maravilhoso e fodido, que se conectasse com todo tipo de pessoa, sem encaixotá-lo numa categoria”, disse Phillips, conhecido por comédias como a trilogia “Se beber, não case” (2009 a 2013). “Não vejo ‘Coringa’ como um filme político. Mas depende da lente pela qual você assiste a ele”.

“Coringa” vê o futuro arqui-inimigo de Batman como produto de uma sociedade insensível aos desfavorecidos. Phoenix dá corpo e voz às angústias de Arthur Fleck, aspirante a estrela do stand-up que faz bicos como palhaço numa agência de publicidade. Os seguidos fracassos profissionais e pessoais, agravados por distúrbios mentais, o empurram para uma espiral ascendente de violência.

tags: Brasil

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