Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2016
O ex-ministro Antonio Palocci afirmou à PF (Polícia Federal) nessa quinta-feira que não é o “italiano” que aparece em uma planilha de propinas da empreiteira Odebrecht. Alvo da Operação Omertà, que o prendeu na segunda-feira, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, o ex-ministro declarou que “não recebeu qualquer vantagem indevida ou ilícita”.
Os investigadores suspeitam que Palocci recebeu da empreiteira e que parte desse dinheiro teria sido destinado ao PT. Uma planilha do Departamento de Operações Estruturadas – setor da Odebrecht que teria a missão de pagar propinas a agentes políticos – traz o codinome “Italiano”.
A Operação Omertá diz que “Italiano” é uma referência a Palocci. Segundo a defesa de Palocci, a cargo do criminalista José Roberto Batochio, a PF “já atribuiu tal apelido a outros três indivíduos”. “Descobrimos um e-mail em que Marcelo Odebrecht disse ‘estive com a Itália, ela saiu da reunião, demorou 15 minutos e ela voltou à reunião’. Ora, Palocci não pode ser ela. Palocci é ele. De modo que, ‘Italiano’ ou ‘Itália’ não é sequer uma pessoa do sexo masculino”, afirmou Batochio.