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Brasil Em seis meses, Lula recebeu quase 600 visitas na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso

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Ex-presidente se entregou às autoridades no dia 7 de abril. (Foto: Instituto Lula)

Desde o dia 7 de abril, quando se entregou às autoridades para começar o cumprimento de sua sentença no âmbito da Operação Lava-Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu pelo menos 572 visitas em sua cela especial montada na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR). A maioria foi feita pelos advogados com procuração para defender juridicamente o líder petista.

A lista inclui, ainda, familiares, amigos e políticos como o correligionário Fernando Haddad – derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial – e a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT. Também receberam acesso autorizado o tesoureiro Emídio de Souza, o deputado Wadih Damous e os ex-parlamentares Luiz Eduardo Greenhalgh e Luiz Sigmaringa Seixas.

A designação de aliados como defensores do ex-presidente tem permitido a ele, nesses pouco mais de seis meses, comandar o PT de dentro da cadeia, incluindo a própria campanha de Haddad. Não faltam críticas a esse expediente legal, visto por detratores como um mero estratagema para facilitar a atuação política de Lula, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava-Jato.

Essas visitas ao cárcere, de segunda a sexta-feira, são um direito previsto em lei para defensores de detentos. Um documento da PF anexado ao processo de execução da pena do ex-presidente registra 385 visitas recebidas até o dia 9 de outubro, após o primeiro turno das eleições.

Candidatura

Mesmo inelegível, o ex-presidente por dois mandatos (2003 a 2010) tentou disputar as eleições. O PT registrou Lula como candidato e Haddad como vice, mas o pedido foi indeferido no dia 31 de agosto pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nos dias que antecederam e sucederam a decisão de impugnação pelo TSE, as semanas estão entre as mais movimentadas na cela Lula.

Haddad esteve com o ex-presidente duas vezes: na segunda-feira, dia 27, e na quinta-feira, dia 30. Na semana seguinte, a cela-comitê – de cerca de 15 metros quadrados – ficou pequena para a maior reunião realizada por Lula: dez advogados estiveram entre 9h e 12h, no dia 3 de setembro, por exemplo. Entre eles, Haddad, que ainda voltou à tarde.

O ex-prefeito de São Paulo escolhido por Lula, inicialmente, como seu vice e “porta-voz” foi oficializado candidato à Presidência pelo PT na semana seguinte – prazo final dado pelo TSE. Na véspera e no dia do registro, feito em 11 de setembro, Haddad também esteve em Curitiba na PF de manhã e à tarde, em quatro encontros que duraram, ao todo, cerca de dez horas.

Haddad fez 21 visitas a Lula na prisão. A primeira delas em 17 de maio, quando seu nome ainda era cotado como “plano B” para a disputa presidencial. A última, na segunda-feira chuvosa de 8 de outubro, após eleito com 31,3 milhões de votos (29,28%) para o segundo turno. Chegou a Curitiba em um jato executivo alugado, modelo Gulfstream G200, da Icon Taxi Aéreo – empresa que recebeu pelo menos R$ 883 mil da campanha petista. Com ele estava o tesoureiro do PT, Emídio de Souza e assessores.

A reunião com Lula foi o primeiro compromisso de campanha de Haddad no segundo turno. Nos 21 dias de encontros foram cerca de 400 horas de conversas, segundo os registros da PF de permanência dos visitantes.

Na última visita antes da derrota, Haddad entrou na cela às 11h e saiu às 14h. Concedeu entrevista à imprensa em um hotel da cidade e retornou para São Paulo. No dia seguinte, a presidente do PT anunciou que Lula teria mandado um recado por ela: “Manda o Haddad fazer campanha, não precisa vir mais aqui”. O ex-prefeito só retornaria após o segundo turno.

Familiares e amigos

A quinta-feira é o dia das visitas de familiares e dos amigos de Lula – data especial reservada ao petista, os demais presos da carceragem da PF recebem a família nas quartas. Nos seis meses de prisão, os registros da PF mostram que o ex-presidente recebeu 116 visitas da família, a maioria dos filhos.

Na prisão, o ex-presidente também teve o direito de receber visitas “religiosas”, nas segundas-feiras. No período, foram 17 de líderes religiosos que estiveram com ele, o mais assíduo, o pai-de-santo Antonio Caetano de Paula Júnior, o Caetano de Oxossi (três visitas), da Cabana Pai Tobias de Guiné, conhecida como Terreiro Tulap.

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