Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2019
O presidente da República, Jair Bolsonaro, inaugurou nesta segunda-feira (12) um trecho de 47 quilômetros de duplicação da BR-116 em Pelotas, na Região Sul do Rio Grande do Sul.
De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, a obra está dentro da estratégia de integração regional sul-americana. O objetivo é aumentar a capacidade de veículos, principalmente caminhões, além de evitar acidentes na rodovia federal.
“Da BR-116 vão derivar outras rodovias e circular riquezas, mas sobretudo essa obra vai salvar vidas”, disse o ministro. “É possível melhorar a segurança no trânsito por meio da engenharia”, completou.
Freitas destacou que o projeto de duplicação da rodovia é de 2002 e que a licitação foi concluída em 2011, mas as obras só começaram em 2017. Segundo ele, nada havia sido entregue até então. Após a liberação dos primeiros 47 quilômetros, o ritmo dos trabalhos vai ser mantido, de acordo com o ministro.
A BR-116 é a principal via de acesso ao Sul do Estado e ao porto de Rio Grande, corredor de escoamento de produtos agrícolas e industriais entre o Brasil e o Mercosul. Os cerca de 230 quilômetros entre Porto Alegre e Pelotas estão sendo duplicados e devem ser finalizados até o fim de 2021, com investimento total de R$ 1,6 bilhão.
Durante a cerimônia de liberação do trecho da estrada, Bolsonaro disse que o seu governo está “fazendo de tudo para que obras paradas sejam concluídas”. Ele garantiu mais R$ 100 milhões para que outro trecho, de 55 quilômetros, da BR-116 seja concluído em breve.
Após a cerimônia, a comitiva presidencial sobrevoou a nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre, prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2020.
“Esquerdalha”
Bolsonaro disse que “o Rio Grande do Sul pode virar um Estado como Roraima”, caso o kirchnerista Alberto Fernández vença as eleições presidenciais argentinas em outubro.
Fernández, companheiro de chapa da ex-presidente Cristina Kirchner, teve mais de 15 pontos de vantagem sobre o presidente Mauricio Macri nas primárias de domingo (11), que servem como uma espécie de termômetro para a disputa pela Casa Rosada.
“Se essa esquerdalha voltar na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul um novo Estado, como o de Roraima, e não queremos isso”, disse o presidente em referência ao êxodo migratório provocado pela crise econômica na Venezuela. “Não queremos ver irmãos argentinos fugindo para cá, caso essas eleições se confirmem”, declarou.
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