Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2019
Letícia Spiller , que volta às telas de cinema como a psicóloga Márcia no filme “Eu sou brasileiro”, de Alessandro Barros, fala em entrevista sobre frustrações, envelhecimento, beleza e sonhos, entre outros assuntos. Sua personagem é encarregada da saúde mental do protagonista Léo, vivido por Daniel Rocha, um jovem jogador de futebol que busca uma carreira de sucesso. O longa estreou na quinta-feira (15) e tem ainda Cristiana Oliveira, Fernanda Vasconcellos e Zezé Motta, além da participação especial do ex-jogador Cafu, que interpreta a si próprio, dando conselhos ao protagonista.
No longa você tem seu sonho frustrado. Já passou por uma situação assim?
Eu atuo como a psicóloga do personagem principal. Frustração faz parte da vida, essa é a verdade. Acho que todo mundo já se frustrou um dia. E é normal. A gente não tem controle sobre todas as coisas e, às vezes, elas acontecem de forma inesperada. O segredo é entender que isso é normal. Quando entendemos isso, fica mais fácil lidar com as frustrações. É claro que já tive situações de frustração. Só que eu respirei e segui em frente. Não dá é para desistir diante de um plano que não sai como o esperado. Criamos plano B, C, D e daí em diante (risos).
Qual a importância de sonhar?
Não existe limite para sonhar e isso é maravilhoso. Sonhar para mim é explorar todas as possibilidades dos nossos desejos. E acreditar que aquilo que a gente quer pode dar certo. E criar planos e pensar em como realizá-los. Eu trabalho com arte, e acho que sonhamos também através dos nossos personagens, inspiramos sonhos… Eu tinha o sonho de ser atriz. E, quando olho para trás e vejo tudo o que conquistei, é um misto de orgulho, felicidade e até surpresa. Eu não sabia lá atrás tudo o que eu iria viver. Eu só tinha a certeza de que eu queria viver de arte.
Sonhar é poder, então?
Na verdade, é preciso muito trabalho e muita disciplina para fazer o sonho acontecer. Como diz o poeta, “Disciplina é Liberdade”. É preciso ter disciplina para realizar tudo o que a gente quer e estou conseguindo realizar mais esse sonho de produzir cinema devido ao esforço, força de vontade e persistência, se não você não consegue. É muito difícil a arte no Brasil, e eu espero que esse quadro mude e que a gente possa ter esse mercado mais amplo e que todos possam viver da sua arte.
Sua personagem cuida da saúde mental das pessoas. Como você faz isso para si no dia a dia?
Meditação, ioga, minhas aulas de dança… Tenho alguns cuidados comigo, coisas que eu faço justamente pensando no meu bem-estar, na minha saúde mental. Outra coisa que eu amo e me faz muito bem é ir para o meu sítio e ficar em contato com a natureza. São coisas simples, algumas faço por alguns minutos, mas que fazem toda a diferença no meu dia.
Quais os seus cuidados com a beleza? Alguma dica?
Eu me alimento bem, bebo bastante água. Levo minha garrafinha com água para onde eu for. Hidratação é primordial. Eu tenho minha dermatologista que me orienta, então eu sigo à risca tudo o que ela indica. Não ando sem água termal, hidratante com ácido hialurônico e um bom corretivo.
Para quem cresceu e está envelhecendo diante das câmeras, como você lida com isto?
Eu lido bem. Faz parte da história que estou construindo e gosto muito de todas as minhas escolhas. Envelhecer faz parte de um processo . Eu me cuido para ter qualidade de vida, para me sentir bem.
Tem algum segredo viver bem?
Não existe um segredo. Cada um encontra a sua forma de viver bem. E ser honesto consigo é a melhor coisa. Você pode criar coisas para te ajudar, como alimentação, exercícios, porque te ajudam na qualidade de vida. Mas não tem uma fórmula secreta. Para mim, viver bem é trabalhar com o que eu amo, estar com meus filhos, com a minha família… Esse é o meu segredo.
Que conselhos você daria para alguém que quer seguir a carreira de ator?
Estude! Esteja preparado para quando surgir as oportunidades. Isso é muito importante. Às vezes, a oportunidade surge e você não está pronto. Outro conselho: não desanime com os nãos que receber. Eles fazem parte e não definem quem você é como artista.