Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2017
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), disse que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR) e ex-assessor do presidente Michel Temer usou ‘métodos nefastos’. “O agente aqui envolvido teria encontrado lassidão em seus freios inibitórios e prosseguiria aprofundando métodos nefastos de autofinanciamento em troca de algo que não lhe pertence, que é o patrimônio público”, assinalou o ministro. Ao decretar a prisão preventiva de Loures, Fachin apontou para ‘conduta gravíssima’ do ex-deputado. O ministro considerou que Loures em liberdade representa ‘um risco para a investigação’.
Loures foi flagrado em abril correndo por uma rua de São Paulo carregando uma mala estufada de propinas da JBS. Ao requerer a prisão de Loures, o procurador-geral da República Rodrigo Janot atribuiu a ele o papel de ‘homem de total confiança’ do presidente. Segundo Janot, o ex-assessor é ‘um verdadeiro longa manus de Temer’ – termo comumente usado na relação hierárquica de organização criminosa, o longa manus executa ordens do topo.
Loures foi gravado e filmado por agentes da Polícia Federal em procedimento de ação controlada autorizada por Fachin. Em áudio ele aparece negociando propinas da JBS, supostamente destinadas a Temer. O presidente nega taxativamente envolvimento em atos ilícitos.