Geral Governo define estratégia para enfrentar a greve dos empregados da Petrobras
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2015
Governo e mercado financeiro começaram a manifestar preocupação com os rumos da greve dos empregados da Petrobras. O assunto foi a pauta dos relatórios dos principais bancos de investimento, que advertem para impacto do movimento grevista na execução do plano de venda de ativos da estatal e sobre sua capacidade de fazer caixa. Após forte alta na terça-feira, as ações preferenciais da Petrobras caíram 4,71% na quarta-feira, e as ordinárias, 6,34%.
A presidenta Dilma Rousseff pediu a seus auxiliares que tentem se antecipar aos impactos da paralisação dos petroleiros, que têm entre suas reivindicações a suspensão da venda de ativos da estatal. O governo pretende alinhar um discurso para convencer os funcionários de que as vendas não representam dilapidação de patrimônio, mas operações que podem até ser revertidas no futuro. Dilma disse que o governo não pretende recuar na decisão de vender ativos. Segundo relatório divulgado pelo banco HSBC, a paralisação compromete mais a venda de ativos e a capacidade de financiamento da Petrobras do que a produção.
Caminhoneiros
O assunto foi debatido em reunião do governo, na qual manifestou-se também preocupação com a greve dos caminhoneiros, anunciada para a próxima semana, pelo efeito que pode ter no abastecimento. A ideia é mobilizar a Advocacia-Geral da União e a Polícia Rodoviária Federal para impedir interrupções em rodovias. (André Ramalho, Rodrigo Polito, Camila Maia, Bruno Peres e Andrea Jubé/Valor)
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