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Brasil Juiz decide que o homem que esfaqueou Bolsonaro tem transtorno mental e é inimputável

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Adélio Bispo de Oliveira deu uma facada em Bolsonaro durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). (Foto: Divulgação)

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada no presidente Jair Bolsonaro, tem transtorno mental e é inimputável – incapaz de entender o caráter do crime que cometeu e de responder por seus atos. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (27).

Adélio está preso desde setembro, quando cometeu a tentativa de assassinato contra o então candidato Bolsonaro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Ele passou por avaliações de psiquiatras oficiais e indicados pela defesa e pela acusação.

Savino afirma que “todos os profissionais médicos psiquiatras que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, foram uníssonos em concluir ser o réu portador de Transtorno Delirante Persistente”. Ele ressalta que as conclusões oscilaram entre a inimputabilidade e a semi-imputabilidade.

A Procuradoria em Minas Gerais soube da decisão ainda na sexta-feira (24) e decidiu não recorrer. No entendimento do Ministério Público Federal, porém, Adélio não é totalmente inimputável. Os promotores reconhecem que ele pode ter transtornos mentais, mas não seria totalmente privado da capacidade de julgamento.

“O juiz seguiu outra linha e entendeu que a inimputabilidade seria completa. Mas as consequências práticas dos dois entendimentos são semelhantes. Mesmo no caso da semi-imputabilidade, a decisão mais indicada seria internação compulsória para tratamento psiquiátrico. Essa passa a ser a única solução possível, portanto, não há interesse para recurso por parte do MPF”, afirma o procurador Marcelo Medina.

O advogado de Adélio Bispo, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, diz que achou a decisão “uma maravilha”. Ele lembra que, em um primeiro momento, o pedido para ter seu cliente avaliado sobre inimputabilidade foi negado.

“Uma maravilha não por conta de inocência, mas porque é a verdade. Você já viu alguém praticar aquele absurdo que o Adélio praticou a mando de Deus? Eu fui criticado pelo Brasil todo, agora vem um juiz federal e diz que eu tinha razão”, afirma Zanone.

Ele diz que a última vez que encontrou Adélio foi no final do ano passado. Uma psicóloga enviada pelo advogado esteve com seu cliente recentemente. Neste mês, Adélio enviou uma carta ao advogado. No documento, ele pede um tipo de regime que possibilite que receba visitas e esteja mais perto da família, entre outros detalhes que Zanone não quis comentar.

Adélio está detido em um presídio federal em Campo Grande (MS). Os seus familiares vivem na região de Montes Claros (MG). A distância entre as duas cidades é de 1.400 quilômetros.

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