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Música Líder do Slipknot ameaça fãs que não largam celular: “Vou molhar e estragar”

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Grupo toca em 25 de setembro no Rock in Rio. (Foto: Reprodução)

Máscaras de terror, explosões e saltos suicidas são menos assustadores que outro elemento que o Slipknot promete levar ao Rock in Rio: garrafinhas d’água. Essa é a arma que Corey Taylor cita, em entrevista, para combater fãs que “enterram a cabeça no celular” e se esquecem de olhar para a banda. “É aí que digo: ‘Preciso de quatro garrafas de água e vou fazer o melhor que eu puder para molhar e estragar seu telefone'”, diz Taylor.

Corey Taylor, o vocalista do grupo, diz que a música pop que mais o irrita é "Shake it Off", de Taylor Swift.  (Foto: Reprodução)

Corey Taylor, o vocalista do grupo, diz que a música pop que mais o irrita é “Shake it Off”, de Taylor Swift. (Foto: Reprodução)

Não é por acaso que o vocalista encarna um “garoto enxaqueca” em entrevistas recentes. Ele lança seu terceiro livro, “You’re Making me Hate You”, sobre coisas que o irritam. Além dos viciados em celular (“ficam tuitando as coisas mais estúpidas sem parar”), ele também ataca o pop atual: “É tudo igual. Fico totalmente puto.” A pior música, para ele, é “Shake it off”, de Taylor Swift. Ele toma o celular dos filhos (sem molhar) para não ter que ouvir a loira.

O Slipknot se apresenta em 25 de setembro no Rock in Rio. A banda toca depois dos veteranos do Faith no More. Alguns fãs questionaram a ordem. “É surreal tocar depois deles”, diz Corey. Leia abaixo a entrevista:

O Faith no More te influenciou? Como é ter eles abrindo para vocês, que fazem o show de encerramento da noite?
Corey Taylor – Amo Faith no More. Comprei o disco novo assim que saiu. Respeito o jeito deles de lidar com música e arte. A banda ao vivo é única. Mal posso esperar para ver o show no Rock in Rio – espero que consiga, ao menos um pedaço. É surreal tocar depois deles. Se alguém me dissesse isso quando eu era mais novo eu ia cair na gargalhada. ‘Não, isso nunca vai acontecer’, eu ia dizer. Claro que é uma honra absoluta. Espero mostrar o quanto eles nos inspiraram.

A principal diferença entre os shows de agora e o de 2013 é o disco “The Grey Chapter” (2014). O que elas acrescentam ao show?
Taylor – O legal é que as músicas novas se encaixaram muito bem com as antigas. Talvez tenha a ver com o espírito das composições, que contam a história da perda do Paul [Gray] e como nos juntamos para seguir em frente. Por sorte muitas das músicas novas foram abraçadas pelos fãs, então foi fácil juntá-las às antigas que todos querem ouvir.

Como é ter que lembrar da perda do Paul Gray toda noite no palco?
Taylor – Tem sido pesado e emotivo. Mas ao longo do tempo, o show se torna menos sobre perda e tristeza e mais sobre levar em frente o espírito e a memória dele. Ele amava fazer música e tocar com essa banda [o baixista morreu por overdose em 2010]. De certa forma, o álbum é a história de como passamos por isso. Tocar essas músicas é um jeito de celebrar o fato de que pudemos ser irmãos por um tempo.

Outro trabalho novo seu é o livro “You’re Making me Hate You”, sobre ‘coisas odiáveis’. Você fica irritado com fãs que só ficam tirando selfies e fotos do palco?
Taylor – Às vezes sim, depende do meu humor – que é instável [risos]. Quando estou bem, finjo que estou fazendo poses, tento me divertir. Pois esse é o mundo em que vivemos agora. O mundo da gratificação tecnológica instantânea. Não é que eu odeie a tecnologia. Mas eu odeio o fato de as pessoas não pensarem por si mesmas, e jogarem essa toalha para os computadores. Uma coisa é usar um telefone para se manter informado. Outra é enfiar a cara no telefone o tempo todo e ficar só tuitando as coisas mais estúpidas sem parar. Você está perdendo sua vida! Olhe para frente e veja onde você está, aproveite o fato de estar aqui. Esse é meu problema com a tecnologia. Quando as pessoas tiram uma foto ou outra no show não me incomodam. Mas quando vejo as caras deles enterradas no telefone logo na primeira fila, e eles ficam bitolados, mais interessados em filmar o show do que aproveitar, é aí que eu digo: ‘Preciso de quatro garrafas de água e vou fazer o melhor que eu puder para molhar e estragar seu telefone’.

Slipknot  apresenta no Brasil seu trabalho mais recente, "The Grey Chapter" (2014). (Foto: Reprodução)

Slipknot  apresenta no Brasil seu trabalho mais recente, “The Grey Chapter” (2014). (Foto: Reprodução)

As duas noites seguintes à sua no Rock in Rio vão ter Rihanna e Katy Perry, e uma escalação mais pop. Você vai ficar para ver?
Taylor – Provavelmente não [risos]. Não mesmo. Não é que eu seja contra elas, mas minha onda na música é outra. Prefiro passear, fazer outra coisa.

Você tem criticado a música pop atual. O que te incomoda mais: a sonoridade mudada e corrigida por computadores ou as letras, sempre festivas, eufóricas?
Taylor – Os dois. O maior problema é que essas músicas todas parecem que foram feitas pela mesma pessoa. E muitas foram mesmo! É um grupinho de compositores em Los Angeles que faz todas essas canções pop. Todas com a mesma melodia. As pessoas não percebem, e isso me enlouquece. Você pode literalmente mudar os nomes dos artistas e ninguém ia notar a diferença. É tudo igual: o tom, as letras, o jeito de gravar. Fico totalmente puto. Não tenho nada contra o gênero pop em si – eu ficaria de boa se as músicas não fossem tão ruins.

E entre essas músicas, qual é a pior, a que mais te irrita?
Taylor – Eu tenho que dizer que aquela música da Taylor Swift, ‘Shake it Off’, me tira do sério. Eu fico louco, não posso aguentar. Meus filhos colocam para tocar no telefone e eu tomo da mão deles. Falo: ‘Não! Não! Não! Eu não vou ouvir isso!’ Essa música me irrita muito.

Você disse que, ao contrário de astros pop, “dá sangue” pela música. É literal?
Taylor – Quando você faz as coisas como o Slipknot, há sempre o risco de algo acontecer. Você está tão louco que pode cruzar o palco e tropeçar em algo, coisa assim. É sempre um problema, um perigo de se machucar, mas vale a pena. Porque essa é nossa vida, não nossa profissão, um jeito de ganhar mais dinheiro. É disso que precisamos para nossa alma. E se eu me ferir tentando alimentar minha alma, que seja.

Como descreve o show do Slipknot para quem verá pela 1ª vez no Rock in Rio?
Taylor – O único jeito de descrever é ‘um maravilhoso caos’. Há uma energia insana, movimentos loucos, fogo, rampas e principalmente música. Uma coisa é ter o cenário especial e não as músicas. Outra é ter só canções boas sem um palco direito. Por sorte, temos os dois. Meu objetivo sempre é que cada pessoa saia de lá dizendo que acabou de ver o show mais incrível de sua vida. (AG)

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