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Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2016
Estimativa da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas) apontou que pelo menos 323 mil segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em todo o País passarão a receber um salário mínimo, 880 reais, a partir deste ano. O número é resultado do achatamento dos benefícios que estavam na faixa salarial entre um e dois pisos e agora entraram no nível do piso. A incorporação foi provocada pela política diferenciada de reajustes entre quem ganha o piso e acima dele.
A Cobap reclamou que os mais de 9,9 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que têm benefícios superiores ao mínimo ficaram sem reajuste real, ou seja, acima da inflação, em 2016. Por outro lado, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), desde 2003 o piso nacional teve ganho real de 77,18%.
Conforme a Cobap, mesmo que a diferença este ano tenha sido pequena – de 0,39 ponto percentual – entre o reajuste concedido ao salário mínimo (11,67%) e para quem ganha acima (11,28%), intensificou as perdas nos últimos anos. Outro estudo da confederação revelou que a diferença de reajuste entre os dois grupos chegou a 85%.
No ano passado, o Congresso Nacional aprovou emenda à MP (medida provisória) 672, que garantia o mesmo reajuste a todos os aposentados do INSS. Mas a presidenta Dilma Rousseff vetou a iniciativa de igualar o percentual de aumento.