Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2020
Um animal pequeno e transparente tem assustado os veranistas no litoral norte gaúcho. Nessa temporada, mais de 38 mil banhistas já sofreram lesões causadas por águas-vivas. Segundo dados da operação verão, os ataques do animal aumentaram em quase 10 mil lesões em relação ao mesmo período do ano passado. A bandeira roxa é um alerta para os banhistas, ela indica que naquele local e dia, houve a presença do animal.
De acordo com o Major Lúcio, um dos fatores que influencia a questão das águas é a própria temperatura da água, “ela mais quente tem a tendência de trazer os animais marinhos para a costa”.
A demanda por vinagre está sendo tão grande que o estoque está quase no fim. O líquido ajuda aliviar a queimadura do animal. A orientação dos guarda-vidas é que os veranistas tragam para a praia o produto de casa, junto com um borrifador.
A equipe da TV Pampa conversou com alguns banhistas para saber se eles já foram queimados por águas-vivas neste verão. A cabeleireira Araci Cernicchiaro, disse que foi queimada três vezes em apenas um dia, mas mesmo assim não deixa de entrar no mar. “A primeira vez eu não estava prevenida, e a tarde a gente já veio com vinagre, e queimou muito, levantou bolhas, e ficou o tempo todo ardendo, passei só aplicando vinagre, é uma sensação horrível”, disse ela. A funcionária pública, Cristine Izabele de Souza estava com seu filho na praia e comentou que toma muito cuidado. “A gente tá com ele só na beiradinha, porque o índice de águas-vivas está bem maior e temos medo que elas peguem nele”.
E se você sofreu alguma lesão e não sabe o que fazer, preste atenção nas orientações: assim que notar que foi queimado, saia da água e passe vinagre, pois ele inibe a liberação de toxinas, caso não tenha, passe água salgada do mar. E se o animal deixou algum tentáculo na pele, tire com uma pinça ou palito de picolé, mas a principal dica é: por mais que o desconforto seja grande, não esfregue o local da queimadura.