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Armando Burd Mais uma cortina de fumaça

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Lideranças do Congresso Nacional anunciam outra vez que vão desatar o nó da reforma política. Detentores do poder costumam rejeitar o que possa contrariar seus interesses. Exemplos: a unificação do calendário eleitoral, o fim das coligações em eleições proporcionais e a ampliação da participação popular.
A Operação Lava Jato fez crescer em muito na sociedade a impressão de que o sistema eleitoral é uma fábrica de corrupção. Deixar de corrigir agora, diminuindo a margem para escândalos, será uma omissão imperdoável.

Pressão organizada funciona

Um episódio, em 2010, demonstrou que a pressão da população, quando persistente, consegue mudanças. O Congresso Nacional votou, em menos de 60 dias, a Lei da Ficha Limpa. Tudo a partir de 1 milhão e 600 mil assinaturas, expressando a vontade de aumentar a idoneidade dos candidatos.

Causa do desastre público

O financiamento sem controle das campanhas eleitorais sustenta o famoso e condenável tripé: esmola, ignorância e muita demagogia.

Dúvida profunda

O PSDB passa o fim de semana ruminando a intensa crise existencial entre ser governo e oposição. Confirma a fama de viver em cima do muro.

Jogo injusto

As isenções fiscais que os governos concedem equivalem a Robin Hood às avessas: tiram o que pertence à sociedade e dão a grupos empresariais poderosos.

Gastos excessivos como regra

A dívida pública nos países emergentes gira em torno de 45 por cento do Produto Interno Bruto. No Brasil do bolso aberto ultrapassa 70 por cento. Não é por outro motivo que o governo pagou 230 bilhões de reais só de juros, contando a partir de 1º de janeiro deste ano.

Para que não se repita

A Assembleia Legislativa, que se auto-intitula A Casa dos Grandes Debates, não pode deixar passar a oportunidade de realizar um painel sobre o golpe que completará 80 anos.
A 10 de novembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas falou em rede nacional de rádio para lançar as bases do Estado Novo. Disse que o objetivo era “reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país”. Passou a chave no Parlamento, suspendeu as eleições marcadas para 1938, manietou o Judiciário, censurou a Imprensa e mandou prender políticos da oposição.

Pela liberdade

A 6 de agosto de 1927, o Senado aprovou por 37 votos contra 3 a lei que se tornou conhecida como celerada. Dava ao governo o poder de fechar jornais e associações de operários. Para se contrapor, foi criado, no Rio de Janeiro, o Núcleo de Defesa dos Direitos Constitucionais, liderado pelo deputado gaúcho Batista Luzardo.

Grande modelo

O Rio de Janeiro tem chance de ser indicado como sede do Congresso Internacional das Cidades Ingovernáveis. O evento precisa começar com desfile de gangues armadas pelas ruas de Ipanema e Copacabana.

Em duas frases

Nas coisas do poder, o melhor detergente é a luz do sol. A obscuridade impulsiona a corrupção.

O que falta

O próximo passo do governo federal deverá ser a criação do Instituto Nacional do Desperdício, que funciona informalmente há muito anos. Terá duas diretorias e não faltarão candidatos para ocupá-las: a da Megalomania e da Irracionalidade.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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