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Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2019
Ministro (foto) citou crescimento de 2009 e 2010, anos de mandato do ex-presidente Lula
Foto: Isac Nóbrega/PRO ministro da economia, Paulo Guedes, defendeu na manhã desta sexta-feira (06), em evento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro, que não adianta forçar o crescimento do País. Segundo ele, é melhor crescer menos do que crescer artificialmente.
“É melhor, se for o caso, crescer mais baixo. Investe mais em educação, saúde, saneamento. Crescer mais rápido não acontece também, sem fazer esses investimentos. É um crescimento artificial”, disse.
O orçamento de 2019 foi elaborado com uma previsão de crescimento de 2,5%. Após sucessivos cortes na projeção, o Ministério da Economia elevou a previsão oficial para 0,9% no mês passado. Nesta sexta-feira, Guedes afirmou que o Brasil cresceu artificialmente nos anos de 2009 e 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Bota os juros mais baixos, bota o governo para criar mais emprego, rápido. Depois sabemos o que acontece. Inflação foi embora para dois dígitos, começou a confusão. Brasil caiu, teve impeachment. Então, não adianta forçar.”
O ministro participou do evento “BNDES com ‘S’ de Social e de Saneamento”, com a presença do presidente do banco, Gustavo Montezano, da ministra Damares Alves e dos governadores do Acre, Alagoas e Amapá.
Ele relacionou a queda dos juros longos à aprovação da reforma da Previdência e afirmou que, segundo cálculos do governo, as despesas com os juros da dívida pública em 2020 vão cair em R$ 96 bilhões.
“Recurso que estava aí paraíso dos rentistas. Para que criar emprego se pode ganhar 100 bilhões de dólares todo ano só aplicando em título público? É uma deformação completa”, disse.
Guedes voltou a defender a desindexação dos recursos públicos e maior autonomia para governadores e prefeitos alocarem os investimentos. Ele também disse que investidores estrangeiros têm muito interesse em aplicar no saneamento no país e que este é o legado que o novo BNDES quer deixar.
O ministro criticou, mais uma vez, a antiga política dos campeões nacionais, atrelada às administrações petistas, e afirmou que o governo está “despedalando” os bancos públicos. “Ninguém pode virar campeão mundial bombado pelo governo”, disse.