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Esporte Milena Titoneli fecha campanha histórica do Brasil com medalha de ouro no taekwondo

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Atleta de 20 anos se torna primeira mulher a subir no degrau mais alto do pódio em Lima. (Foto: Divulgação/CBTk)

O Brasil fechou a sua melhor campanha na história do taekwondo em Jogos Pan-Americanos com a medalha de ouro de Milena Titoneli na categoria até 67 Kg. De quebra, a lutadora de 20 anos foi a primeira mulher do país a ser campeã da modalidade em Jogos Pan-Americanos. Nesta segunda-feira (29), os brasileiros conquistaram quatro medalhas. Além do título de Milena, Ícaro Martins (-80 Kg) perdeu na final e ficou com a prata, e Maicon Andrade (+80 Kg) e Raiany Fidelis (+67Kg) levaram o bronze. Assim, o Brasil termina com sete medalhas no taekwondo em Lima: dois ouros, duas pratas e três bronzes.

“Eu nem consigo parar de chorar. Eu já pensava muito nisso, mas quando acontece, é inexplicável. Foi uma luta muito difícil (a final) porque era contra uma das favoritas. Mas foi muito gratificante. É indescritível para mim. Eu sempre sonhei com isso e consegui realizar. Graças aos meus treinadores que estão ali diariamente comigo, pegando cada adversário e fazer um treino cada vez melhor em cima delas para eu encaixar meu jogo no delas. É algo que eu já esperava, mas a ficha ainda não caiu. Mas ainda não acabaram as minhas metas. Quero chegar nas Olimpíadas e repetir esse feito, se eu for escolhida para representar o país. Está escrito num papel no meu quarto em cima da cama e eu leio todo dia: ‘Eu vou para as Olimpíadas e vou ser o ouro'”, comemorou Milena, emocionada, após o título.

Bronze no Mundial em maio, Milena chegou aos Jogos Pan-Americanos como uma das favoritas. Mas a brasileira não teve vida fácil. Logo na primeira luta, venceu por apenas um ponto a colombiana Katherine Dumar: 9 a 8. Na semifinal, Milena conseguiu ter mais controle sobre a luta e derrotou a cubana Arlettys Acosta por 10 a 5.

Na final, a brasileira enfrentou a americana Paige McPherson. A luta começou muito estudada e com poucos golpes certeiros. O primeiro ponto da final veio apenas no fim do segundo round, que acabou empatado em 1 a 1. Nos últimos dois minutos, a americana começou melhor e foi para cima, abrindo vantagem. Mas a brasileira reagiu e empatou a luta em 6 a 6. O técnico brasileiro pediu a revisão do VAR, o que colocou Milena em vantagem após punir a colombiana. Atrás no placar, McPherson foi para cima e conseguiu acertar um golpe, mas o contra-ataque da brasileira também entrou, garantindo a medalha de ouro para Milena: 9 a 8.

Ícaro Martins abriu a campanha com uma luta dura contra o porto-riquenho Elvis Barbosa. E o brasileiro levou a melhor numa luta agressiva: 21 a 17. Nas semifinais, mais uma luta bastante disputada. Mas Ícaro novamente levou a melhor, dessa vez, contra o dominicano Moises Hernandes: 8 a 7. Na disputa pelo ouro, Miguel Angel e Ícaro fizeram um primeiro round equilibrado. Mas na reta final do segundo round e início do terceiro, o colombiano abriu vantagem e chegou a ter 15 a 7 a seu favor no placar. O brasileiro foi para cima para tentar encostar no placar, mas os contra-golpes de Miguel Angel também encaixam. No final, vitória do colombiano e prata para Ícaro Martins.

“Queria um pouquinho mais. Estou feliz com o desempenho que eu venho tendo nos últimos eventos. Mas quando a gente chega numa final, sempre quer trazer o ouro para casa. Infelizmente, não deu. Mas estamos levando mais uma medalha para o Brasil, e uma prata em Jogos Pan-Americanos não é de se jogar fora. Podia ter ganhado o ouro, mas saio feliz. Vai ter pirata no pódio, é minha marca.”

Bronze no Mundial e nos Jogos Olímpicos Rio 2016, Maicon Andrade completou a tríplice com o terceiro lugar em Lima. O brasileiro começou atropelando Stuart Achly Gi Smit, de Aruba, por 19 a 6 na primeira rodada. Nas quartas, mais uma vez Maicon dominou e a vítima da vez foi o canadense Jorda Stewart. Depois, o canadense se impôs contra o brasileiro, tirando-o da disputa pelo ouro com a derrota por 9 a 4. Mas Maicon ainda tinha a disputa pelo bronze pela frente, e o brasileiro não se abateu e venceu com autoridade o equatoriano Jesus Perea por 15 a 4.

“Só faltava essa. Agora tenho todas as medalhas de todas as competições. Lutei bastante pra representar bem o Brasil. Deixei tudo em quadra. Foi no detalhe que eu perdi na semifinal. Mas tentei voltar com a cabeça para o lugar para conquistar a medalha de bronze. É uma guerra. Você tem que estar preparado pra tudo. Uma hora você vai ganhar, uma hora você vai perder. É muito triste para um atleta perder a semifinal e ter que voltar para o terceiro lugar. Eu tive um minuto, um minuto e meio para lamentar e voltar com a cabeça no lugar. Mas no final deu tudo certo”, comemorou Maicon após o ouro.

Raiany Fidelis não deu chances para a haitiana na primeira luta e venceu por 18 a 3. Na sequência, fez luta muito equilibrada do início ao fim com a dominicana Katherine Rodrigues, mas avançou para a semifinal com a vitória por margem mínima: 12 a 11. Na semifinal, a brasileira não conseguiu fazer jogo duro e foi derrotada pela colombiana Gloria Mosquera. Na disputa do bronze, Raiany dominou e não tomou um ponto sequer e teve vitória tranquila sobre a venezuelana Carolina Fernandéz.

A melhor campanha do Brasil no taekwondo havia sido nos Jogos do Rio, em 2007, quando conquistou um ouro, duas pratas e um bronze. Antes de Lima 2019, os brasileiros haviam conquistado dois ouros, quatro pratas e oito bronzes, somando 14 medalhas. Agora, são quatro ouros, seis pratas e 11 bronzes.

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