Terça-feira, 14 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2015
Preocupado com uma possível debandada do PMDB depois que o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) decidiu deixar o cargo, o Palácio do Planalto se mobilizou para garantir que os demais representantes do partido na Esplanada dos Ministérios permanecerão onde estão.
Interlocutores da presidenta Dilma Rousseff telefonaram ao líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), para assegurar que os dois ministros indicados pela bancada, Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), continuarão. Os dois ministros afirmaram que não haverá mudanças.
Pansera afirmou que permanece no cargo enquanto a presidenta Dilma Rousseff determinar e se disse contra o impeachment. Para o ministro, as divisões no PMDB são “naturais” e mostram que uma parte da sigla irá trabalhar pelo impedimento de Dilma a partir de agora. Castro também afirmou que não pretende deixar o ministério e que participará da estratégia de defesa da presidenta na Câmara. O ministro defende que o PMDB indique apenas deputados contrários ao impeachment para integrar a comissão especial que analisará o processo.
Entre os peemedebistas que pretendem manter o apoio ao governo Dilma, há uma percepção de que trabalhar pelo impeachment é um “jogo de alto risco” e que, se a presidenta conseguir sobreviver ao processo, essa ala contrária fica “enfraquecida de morte”. (AG)