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Política No Japão, na reunião do G-20, Bolsonaro adota discurso mais light do que se esperava

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Bolsonaro defendeu a reforma da Organização Mundial do Comércio. (Foto: Alan Santos/PR)

O tom adotado pelo presidente Jair Bolsonaro no discurso com líderes dos demais países que formam o chamado Brics nesta sexta-feira (28), na cúpula do G-20, no Japão, foi diferente da fala que chegou a ser ensaiada nos bastidores da delegação brasileira.

Um dos rascunhos do discurso do presidente do Brasil, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, continha críticas ao processo de globalização, defesa do nacionalismo e um pedido aos demais países para que apoiem a transição de governo na Venezuela.

No evento, contudo, Bolsonaro optou por uma linha mais moderada. No lugar de referências à globalização, defendeu o sistema multilateral e a reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio), em linha com o comunicado do grupo. As críticas foram direcionadas para o protecionismo no comércio.

O discurso no evento do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi o primeiro de Bolsonaro no Japão, onde participa do encontro do G-20. A ideia do presidente brasileiro é aproveitar a vitrine internacional da cúpula das 20 maiores economias do globo para modular a imagem que tem no exterior. Desde que assumiu a Presidência da República, Bolsonaro se queixa de como foi retratado em veículos de imprensa internacionais.

A prévia do discurso de Bolsonaro sugeria que o presidente abordasse que um dos desafios do momento é o de “dar face humana ao processo de globalização”. Um dos trechos que constavam no rascunho e foram retirados do discurso final afirmava: “Não queremos, porém, que a globalização destrua nossas identidades nacionais, mas que seja um fator a reforçá-las. Nossos povos têm em comum esse anseio e precisamos trabalhar para atendê-los”.

A defesa do nacionalismo, tradicionalmente bandeira do chanceler Ernesto Araújo, e do assessor de assuntos internacionais do Planalto, Filipe Martins, foi substituída pelo apoio enfático ao sistema multilateral de comércio.

“Em meu governo, o Brasil reafirmou seu apoio ao sistema multilateral de comércio por ter certeza de que o dinamismo da economia mundial depende dele. Estamos plenamente dispostos a seguir colaborando para a reforma da OMC e para a construção de uma agenda negociadora equilibrada”, afirmou Bolsonaro no evento.

Correntes protecionistas e práticas econômicas desleais foram citadas pelo presidente como fonte de tensões comerciais e risco para a estabilidade das regras internacionais de comércio.

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