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Celebridades Tarantino se irrita com pergunta sobre tratamento dado às mulheres em novo filme

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"Você precisa ser uma mão de obra para fazer essas coisas. Não sou mão de obra. Não estou procurando por um emprego", afirmou o diretor. (Foto: Reprodução)

Um dia após exibir “Era uma vez em Hollywood”, um dos filmes mais aguardados do Festival de Cannes deste ano, o diretor Quentin Tarantino reagiu irritado quando uma jornalista  questionou o modo como as mulheres são tratadas na produção. A trama, afinal, traz muito mais diálogos masculinos, além de cenas bastante violentas contra mulheres.

“Rejeito a sua hipótese”, disse simplesmente Tarantino, encerrando o assunto durante a entrevista coletiva, muito concorrida e um tanto tensa, que aconteceu na manhã desta quarta (22).

Com estreia prevista para agosto no Brasil, o filme é um retrato da Hollywood do fim dos anos 1960, traumatizada pelo brutal assassinato da atriz Sharon Tate, mulher do diretor Roman Polanski, por membros da seita liderada por Charlie Mason.

Durante toda a entrevista, a equipe procurou não se aprofundar em temas que tangenciavam as sequências mais reveladoras da trama, centrada na amizade entre os fictícios Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), astro em franca decadência profissional, e seu mais constante dublê de corpo, Cliff Booth (Brad Pitt), que carrega a fama de ter matado violentamente a mulher. Há uma outra linha narrativa, que acompanha Sharon Tate (a australiana Margot Robbie), na época à beira do estrelato. Ela e Polanski eram “casal de ouro de Hollywood” da época e, no filme, são vizinhos de porta de Dalton nas colinas de Los Angeles.

“Fiz pesquisas sobre Sharon, mas meu foco era entendê-la e descobrir o significado que a personagem tinha dentro do filme. Meu objetivo era mostrar diferentes aspectos da personagem sem precisar do apoio de muitos diálogos”, explicou Margot, que concorreu ao Oscar com “Eu, Tonya” (2017). “As pessoas se referem a ela como um raio de luz nesse mundo, e é isso que ela representa na história.”

A maior parte de “Era uma vez…” se passa ao longo de dois dias de fevereiro de 1969. Convidado para fazer participações especiais em séries de TV estreladas por outros atores, Dalton vê aí um sinal do declínio de sua carreira. Sharon, por outro lado, começa a desfrutar da fama que finalmente lhe sorri, frequentando as festas e indo assistir, junto com o público, ao recém-lançado “Arma secreta contra Matt Helm”, no qual contracena com Dean Martin.

Cliff, o dublê, é o único a não demonstrar preocupação com o futuro da carreira, embora ela esteja entrelaçada à do amigo Rick.

“Vejo os dois personagens como duas faces de um mesmo indivíduo que, no fim das contas, tem de aceitar seu lugar no mundo e se adaptar ao problemas que ele traz”, observou Brad Pitt. “Cliff está em paz em relação ao que a vida tem a lhe oferecer.”

O ultimo terço do filme se passa no dia 6 de agosto daquele ano, quando Cliff e Rick retornam de uma temporada na Itália, onde foram tentar salvar a reputação fazendo western spaghettis. Naquela mesma noite, Sharton Tate, então grávida de seu primeiro filho com Polanski, seria assassinada em casa por discípulos de Mason. O ataque, revisto por Tarantino, único momento em que a violência explode na tela, é considerado um símbolo da transição para a Nova Hollywood, quando os grandes estúdios cedem espaço a realizadores independentes, como Francis Ford Coppola, Steven Spielberg e George Lucas.

“É uma fúria não contra indivíduos, mas contra inocentes. Naquela época, havia um sentimento muito forte de esperança no ar, em todas as áreas, e que era celebrado. Aí veio a tragédia, mostrando o lado sombrio da humanidade. Foi um momento de perda da inocência, belamente descrito no filme”, afirmou Pitt.

“Era uma vez em Hollywood” é descrito por Tarantino como uma carta de amor a Hollywood e ao cinema feito naquela época. Mas também pode ser considerado uma carta de amor ao cinema do diretor, pois contém o humor, a verborragia e a brutalidade de seus filmes, como “Jack Brown” (1998) e “Kill Bill” (2003).

“Uma das primeiras pessoas a lerem o roteiro de ‘Era uma vez em Hollywood’ foi o meu assistente de direção. Disse para ele que eu via traços de ‘Jackie Brown’ nele. Ele observou: ‘Esse vai ser o seu novo filme, não é?’. Quando terminou de ler, ele reagiu: ‘Número nove? É mais como se fosse todos os outros oito filmes anteriores juntos!'”, lembrou Tarantino.

 

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