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Política O empresário Joesley Bastista disse que foi alertado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima sobre a existência de uma sala “antigrampo” de Temer

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A defesa de Geddel divulgou nota na qual afirmou que o ex-ministro não alertou a quem quer que fosse. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC)

Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Joesley Batista afirmou que foi avisado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima de que o presidente Michel Temer utilizava uma sala “antigrampo” para tratar de assuntos “mais sensíveis”. Procurado, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência informou que não irá se manifestar sobre o assunto.

A defesa de Geddel Vieira Lima divulgou nota na qual afirmou que o ex-ministro “não alertou a quem quer que fosse a existência de pretensa sala” e, se Geddel tivesse a intenção de esconder algo, “não se colocaria à plena disposição das autoridades.”

No depoimento, de 16 de junho deste ano, Joesley detalhou aos policiais a escolha do aparelho utilizado para gravar o encontro com Temer, que ocorreu em 7 de março.

No diálogo, ele diz que “zerou pendências” com o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que está “de bem” com o peemedebista, que está preso em Curitiba. Neste momento, Temer diz ao empresário: “tem que manter isso”. Joesley disse ao Ministério Público que Temer deu aval para que ele comprasse o silêncio de Cunha, para que o ex-deputado não fizesse delação premiada. O empresário também narrou, além da obstrução de justiça, uma sequência de crimes como suborno de procuradores e compra de informações privilegiadas.

A conversa mostra que Temer deu “anuência” para que o empresário pagasse propina ao peemedebista para mantê-lo em silêncio e não o delatasse, segundo a Procuradoria-Geral da República. À Polícia Federal, o empresário disse que optou por usar um gravador “emborrachado” por acreditar que o aparelho funcionaria em um ambiente com bloqueador de sinal eletromagnético e que “passaria desapercebido” por detectores de metal. No depoimento, Joesley afirmou que o encontro de 7 de março ocorreu em uma sala no subsolo do Palácio do Jaburu “situada depois da área de serviço e ao lado da garagem”.

Segundo o empresário, que relatou ter tido pelos menos outros cinco encontros com o presidente, foi a primeira vez que os dois conversaram nesta sala. Nas outras ocasiões, disse, as conversas que tiveram foram na sala de estar do Jaburu.

Íntegra

Leia a íntegra da nota divulgada pela defesa de Geddel Vieira Lima: Sobre a alegação de que o senhor Geddel Vieira Lima teria avisado sobre suposta sala “antigrampo”, esta defesa técnica vem apresentar os seguintes esclarecimentos. Com efeito, beira à ingenuidade acreditar em versões, tantas vezes alteradas, promovidas por sujeitos que se arvoram a delatores, quiçá em desesperada tentativa de se obter ainda melhores prêmios.

O senhor Geddel Vieira Lima não alertou a quem quer que fosse a existência de pretensa sala, seja por se tratar de assunto que não lhe diz respeito, referindo à segunda institucional da Presidência, seja por não ter qualquer interesse sobre sua existência.

O senhor Joesley Mendonça, nos depoimentos até o momento prestados, esperando que não sejam alterados à conveniência de quem quer que seja, foi claro em isentar o senhor Geddel Vieira Lima sobre malfeitos, afirmando categoricamente que não pagou qualquer vantagem indevida. Por fim, a versão que ora se apresenta revela-se contraditória em seus próprios termos. Tivesse o senhor Geddel Vieira Lima a intenção de esconder algo, não se colocaria à plena disposição das autoridades.

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