Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2019
A Casa Civil barrou a indicação do nome de Alex Rangel Alonso para a presidência da empresa de consórcios do Banco do Brasil. Apesar de sua experiência e currículo, pesou o fato de o executivo já ter sido filiado ao Partido dos Trabalhadores. Segundo a base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alonso ingressou no diretório estadual do PT no Rio de Janeiro em outubro de 1999. Recentemente, o executivo pediu o cancelamento da filiação, o que foi confirmado em 24 de junho. Era tarde demais. Mesmo fora do partido, a Casa Civil não aprovou o nome de Alonso para o cargo máximo da BB Consórcios. As informações são da coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S. Paulo.
É a segunda mudança envolvendo Alonso nos últimos tempos. Ele era o nome cotado para a presidência do banco argentino Patagônia, do qual o BB detém 80,38% das ações, mas a operação foi abortada após a indicação para a mesma cadeira de Delano Valentim de Andrade, até então diretor de marketing do banco e que deixou o posto após um comercial da instituição ser retirado do ar por ter desagradado o presidente Jair Bolsonaro.
Com a recusa do nome de Alonso, o diretor executivo da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo, foi indicado para comandar a empresa. Procurado, o BB não comentou.
Diversificação de investimentos
O Bradesco está reestruturando a Ágora, em busca de sinergias dentro de casa, incluindo o braço digital Next e o recém adquirido BAC, na Flórida. O segundo maior banco privado quer reforçar seu posicionamento junto às pessoas físicas em meio à queda dos juros, que vai forçar a diversificação de investimentos. A Ágora, adquirida há 11 anos e tida como a XP de antigamente, terá uma plataforma digital nova, totalmente aberta, com a ideia de oferecer assessoria financeira personalizada. Na mira, estão o varejo e a alta renda.
As mudanças ocorrem sob o comando de Leandro Miranda, que no começo do ano deixou o banco de investimento da instituição, o Bradesco BBI, e passou a responder pela diretoria de relações com o mercado, pelas corretoras, além da área de fundos de private equity e aqueles que investem em startups. O projeto, que promete dar uma nova cara à Ágora, deve ser concluído até o fim deste ano. Juntas, Ágora e Bradesco Corretora possuem hoje 813 mil clientes e R$ 50 bilhões de ativos em custódia.
O pulo do gato junto à reorganização das corretoras do Bradesco virá com a aprovação, pelos órgãos reguladores, da aquisição do BAC Florida Bank, esperada para ocorrer até o fim do primeiro trimestre de 2020. O banco norte-americano, além da forte atuação na concessão de crédito imobiliário na Flórida, tem uma corretora, que complementará os serviços e produtos oferecidos pela Ágora, com seu leque de ativos gringos.
A Ágora será também a plataforma de investimento do banco digital Next. O movimento está previsto para ocorrer ainda este mês, reforçando o portfólio de investimentos junto aos mais jovens.