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Política O ministro da Defesa convocou o comandante do Exército para explicações sobre declarações do general que sugere a volta do Regime Militar no Brasil

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Jungmann disse que procurou Villas Bôas "para esclarecer os fatos relativos a pronunciamento de oficial general da Força. (Foto: ABr/Divulgação)

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou em nota que convocou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para pedir explicações sobre declarações do general Antonio Hamilton Mourão, que sugeriu uma intervenção militar no País caso o Judiciário não resolva os problemas atuais de corrupção. A declaração foi dada na última sexta-feira durante palestra em uma loja maçônica em Brasília.

Jungmann disse que procurou Villas Bôas “para esclarecer os fatos relativos a pronunciamento de oficial general da Força” e ainda para estudar “medidas cabíveis a serem tomadas”. A nota não especifica se Mourão receberá alguma punição pelas declarações.

O general disse, durante o evento que acabou noticiado na imprensa, que os militares poderiam “impor isso”, em uma referência a uma intervenção militar.

Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, disse o general Mourão.

No comunicado, Jungmann afirmou que “as Forças Armadas estão plenamente subordinadas aos princípios constitucionais e democráticos e ao respeito aos Poderes constituídos”. “E que há um clima de absoluta tranquilidade e observância aos princípios de disciplina e hierarquia constitutivos das Forças Armadas, que são um ativo democrático do nosso País”, completou.

O general falou sobre uma possível intervenção militar ao responder uma questão formulada pela organização do evento, que dizia que “a Constituição Federal de 88 admite uma intervenção constitucional com o emprego das Forças Armadas”.

“Excelente pergunta. É óbvio, né, que quando nós olhamos com temor e com tristeza os fatos que estão nos cercando, a gente diz: ‘Pô, por que que não vamos derrubar esse troço todo?’ Na minha visão, aí a minha visão que coincide com os meus companheiros do Alto Comando do Exército, nós estamos numa situação daquilo que poderíamos lembrar lá da tábua de logaritmos, ‘aproximações sucessivas’.”

Natural de Porto Alegre e no Exército desde 1972, o general é o mesmo que, em outubro de 2015, foi exonerado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, pelo comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, e transferido para Brasília, em tese para um cargo burocrático sem comando sobre tropas armadas, após fazer críticas ao governo de Dilma Rousseff. Um oficial sob seu comando também fez na época uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, acusado de inúmeros crimes de tortura e assassinatos na ditadura militar.

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https://www.osul.com.br/o-ministro-da-defesa-pediu-explicacoes-ao-general-que-sugeriu-a-intervencao-militar-no-brasil/ O ministro da Defesa convocou o comandante do Exército para explicações sobre declarações do general que sugere a volta do Regime Militar no Brasil 2017-09-18
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