Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia O presidente do Banco Central do Brasil admite interrupção no crescimento da economia, mas prevê a retomada a curto prazo

Compartilhe esta notícia:

Campos Neto afirmou que hoje a avaliação do BC é que a projeção para o crescimento da economia tende a melhorar. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, reiterou nesta quarta-feira (22), que o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas que o cenário básico da instituição contempla sua retomada adiante, a curto prazo.

“Essa hipótese se sustenta, entre outros fatores, no crescimento da confiança empresarial, divulgado pela FGV e na tendência gradual de recuperação do investimento, conforme indicam dados do IBGE, no patamar estimulativo da política monetária e na recuperação observada no mercado de crédito”, afirmou ele, em discurso no Seminário de Metas de Inflação do BC, no Rio de Janeiro.

Campos Neto também voltou a citar que os indicadores recentes sugerem probabilidade relevante de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores, como o BC já havia indicado na ata da mais recente reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), por exemplo, considerado uma prévia do PIB (produto interno bruto), registrou queda de 0,68% no primeiro trimestre de 2019 na comparação com os três meses anteriores, conforme informou o BC.

Para ele, o desafio atual do Banco Central é “conduzir a política monetária em um ambiente onde a retomada da atividade econômica mostra sinais momentâneos de arrefecimento e onde o equacionamento da estabilidade fiscal depende da continuidade das reformas” Além disso, o presidente do Banco Central reforçou que a taxa de juros básica, Selic, atualmente em 6,5%, meno patamar da história, é coerente com falta de ímpeto da atividade econômica do País e a inflação comportada.

Em sua fala, Campos Neto ainda defendeu a autonomia formal do BC, afirmando que assim a autoridade monetária estaria mais bem equipada para gerir o regime de metas para a inflação. “A aprovação de projeto de lei sobre o tema também proporcionaria uma redução de incertezas econômicas e dos prêmios de risco”, acrescentou.

Futuro tecnológico

Campos Neto defendeu nesta quarta (22), que, além de promover a estabilidade de preços e a solidez da economia, a instituição precisa se preparar para um futuro tecnológico e inclusivo. Segundo ele, a Agenda BC+ está sendo reavaliada e ampliada, e 14 grupos de trabalho estão sendo criados para discutir questões ligadas à modernização do sistema financeiro nacional.

Por meio da Agenda BC+, o Banco Central torna pública sua agenda de trabalho e presta contas de ações desenvolvidas no curto, no médio e no longo prazo. De acordo com o presidente do Banco Central, as mudanças levarão em conta duas premissas: a promoção de uma democratização financeira que leve a um maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços do País) e a redução da necessidade de financiamento do governo, abrindo espaço para o investimento privado.

“É necessário avançar nas mudanças que permitam o desenvolvimento de nosso mercado de capitais. Estamos nos dedicando ao desenho de como será o sistema financeiro no futuro, tendo como foco o papel da evolução tecnológica. O processo de inovação nos mercados se intensificou nos últimos anos, seguindo o ritmo dessa evolução. Para o sistema financeiro, essas mudanças significam democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar”, disse em discurso na abertura do 21º Seminário de Metas para a Inflação, no Rio de Janeiro.

Para o presidente do Banco Central, o novo ambiente onde ocorrem pagamentos instantâneos por meios virtuais constitui um desafio para os mecanismos tradicionais de condução da política monetária. Ele defendeu uma modernização que simplifique o acesso aos mercados financeiros para todos e que dê um tratamento homogêneo ao capital, independentemente de nacionalidade ou do porte do investidor.

Reformas

Campos Neto disse que o regime de metas colocou fim a anos de inflação alta e representa uma conquista para todos os brasileiros. Ao mesmo tempo, ele elencou dificuldades no momento atual. “No Brasil, assim como em outros países, o período recente tem sido marcado por incertezas. Nosso desafio atual é conduzir a política monetária em um ambiente onde a retomada da atividade econômica mostra sinais momentâneos de arrefecimento e onde o equacionamento da estabilidade fiscal depende da continuidade das reformas”.

O presidente do Banco Central citou em diversos momentos a necessidade da continuidade das reformas para a manutenção de uma inflação baixa. Segundo ele, este cenário criaria um ambiente favorável para a redução da taxa estrutural de juros, viabilizando assim um processo de recuperação sustentável da economia.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Brasileiros morrem no Chile após vazamento de gás e bombeiros fazem perícia no local
Entidades estudantis de Porto Alegre se mobilizam para manter a meia-passagem no transporte público
https://www.osul.com.br/o-presidente-do-banco-central-do-brasil-admite-interrupcao-no-crescimento-da-economia-mas-preve-a-retomada-a-curto-prazo/ O presidente do Banco Central do Brasil admite interrupção no crescimento da economia, mas prevê a retomada a curto prazo 2019-05-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar