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Por Redação O Sul | 14 de junho de 2018
O setor de serviços no País avançou 1% em abril na comparação com março. Já em relação a abril do ano passado, o avanço foi de 2,2% – a taxa mais alta desde março de 2015, quando chegou a 2,3%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse foi o primeiro resultado positivo do ano para o setor, que representa 70% da composição do PIB (Produto Interno Bruto). Com o crescimento de abril em relação a março, o setor de serviços está 11,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em novembro de 2014. Em março, essa distância era de 12,8%.
Segundo o IBGE, o acumulado do ano para o setor de serviços ficou em -0,6%. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor segue no vermelho, com queda de 1,4%. Essa, porém, é a taxa negativa menos intensa desde agosto de 2015, quando foi de -1,2%, conforme o instituto.
O resultado positivo na comparação com março foi observado em quatro das cinco atividades investigadas pelo IBGE. O principal destaque foi para o grupo transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que teve crescimento de 1,2%, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que avançou 1,7%. O grupo serviços prestados às famílias teve alta de 1,5%, e outros serviços, de 0,7%.
De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, “os transportes, que têm peso de 30% sobre o índice, foram a atividade de maior influência, um pouco acima dos serviços profissionais, que representam 21%”. Ele destacou que o setor de transportes apresenta recuperação desde meados de 2017. O único impacto negativo no mês veio dos serviços de informação e comunicação, que tiveram queda de 1,1%.
Na comparação com abril do ano passado, também foi observado avanço em quatro das cinco atividades pesquisadas. A principal influência positiva também partiu dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com alta de 4,4%. Os demais avanços vieram de outros serviços (11,4%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,7%) e de serviços prestados às famílias (0,8%). Os serviços de informação e comunicação responderam pela única queda, de 1,6%, também nessa base de comparação.
Acumulado do ano
No acumulado do ano, entre as cinco atividades pesquisadas, três tiveram taxas negativas: serviços de informação e comunicação (-3,2%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,2%) e serviços prestados às famílias (-1,6%). Apresentaram alta os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) e outros serviços (4,1%).
Resultados regionais
Regionalmente, entre março e abril houve altas em 11 das 27 unidades da Federação. Os destaques positivos foram São Paulo (1,7%) e Rio Grande do Sul (5,7%). Por outro lado, as principais influências negativas vieram da Bahia (-5,5%) e do Paraná (-2,1%).
Em relação a abril de 2017, a expansão do volume no Brasil (2,2%) foi acompanhada por 12 das 27 unidades da Federação. São Paulo (5,1%) exerceu o principal impacto positivo e alcançou a maior taxa desde março de 2015 (5,4%). Outras contribuições relevantes vieram do Rio Grande do Sul (6,8%), Distrito Federal (5,3%) e Espírito Santo (9,6%). Por outro lado, os recuos mais importantes vieram da Bahia (-11,2%) e do Rio de Janeiro (-1,1%).