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Mundo Onda de calor mata 45 pessoas em Tóquio em uma semana

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As mortes ocorreram, provavelmente, em consequência da insolação e hipertermia. (Foto: Reprodução)

Em meio a intensa onda de calor que está atingindo o Japão, autoridades de Tóquio afirmaram que 45 pessoas morreram na área metropolitana em uma semana, provavelmente em consequência da insolação e hipertermia. Segundo a polícia, as vítimas tinham entres 40 e 90 anos.

A agência de notícias NHK obteve informações adicionais sobre a vida de 26 dessas pessoas. Treze eram idosos que viviam sozinhos, incluindo uma mulher na casa dos 70 anos que morava no distrito de Katsushika. Ela foi encontrada morta em um quarto com ar-condicionado quebrado.

Muitas vezes, as vítimas tinham pouco contato com a vizinhança, mesmo quando moravam com familiares.

Na quarta-feira, na cidade de Nishitokyo, duas mulheres de 90 e 60 anos, que seriam mãe e filha, foram encontradas mortas em um quarto com a temperatura chegando a 38 graus Celsius.

A polícia e vizinhos afirmaram que as duas tinham rejeitado a ajuda do governo local, e se recusavam a ter contato com as pessoas da comunidade.

No distrito de Suginami, um homem de 88 anos, que sofre de demência, perdeu a esposa de 83 anos que cuidava dele. Ela morreu na segunda-feira no apartamento em que viviam. Segundo relatos, eles não estavam usando o condicionador de ar.

Calor na Groenlândia

A onda de calor que assolou a Europa no fim de julho agora migrou para o norte, estacionando sobre a Groenlândia. Com o aumento das temperaturas atmosféricas sobre o gelo, a cobertura de gelo reagiu da única maneira possível: derretendo. Até a semana passada, mais da metade da superfície da camada de gelo da Groenlândia havia derretido e virado lama.

Essa é a segunda grande massa de calor a atingir a camada de gelo nesta estação e a segunda a provocar o degelo de vastas extensões da camada de gelo. As ondas de calor foram particularmente impactantes porque sucederam um inverno e uma primavera amenos e secos, que prepararam a camada de gelo para o derretimento. O resultado desse cenário brutal foi um verão com um degelo tão intenso que deve alcançar ou quebrar o recorde de maior perda d’água já registrada.

A extensão do degelo já está bem além do observado normalmente nesta época do ano, contou Ruth Mottram, cientista polar do Instituto Meteorológico Dinamarquês.

“Esses são recordes que não queremos quebrar”, afirma.

Em breve, o fenômeno será corriqueiro

Até agora, tudo indica que 2019 se equiparará ao ano de pior degelo já registrado: 2012.

Os cientistas estimaram que, no pior momento, em julho de 2012, 97% da superfície da camada de gelo da Groenlândia passava por algum grau de derretimento – incluindo o gelado interior da camada, com uma espessura de mais de 1,6 quilômetro, cujo derretimento raramente foi observado.

As águas derretidas da camada de gelo aumentaram tanto a vazão dos rios que estouraram pontes nas cidades costeiras. Cientistas, ao saírem de suas estações de estudo, afundaram os pés em uma inesperada superfície lodosa.

Até o fim de julho de 2012, a cobertura de gelo tinha perdido cerca de 250 bilhões de toneladas em material derretido, o bastante para elevar o nível global do mar em 0,8 milímetro.

O número é bem próximo da estimativa de 248 bilhões de toneladas perdidas até agora neste ano, segundo observações feitas por Marco Tedesco, cientista polar do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Colúmbia.

“Estamos basicamente em um ritmo no qual isso será inevitável. Estamos nos aproximando do recorde de 2012”, afirma ele.

Somente semana passada, a camada de gelo perdeu aproximadamente sete bilhões de toneladas de conteúdo. É água suficiente para encher quase três bilhões de piscinas olímpicas e quase o dobro (cerca de 1,75 vez) do quanto se perderia por dia em um ano normal.

Talvez possa parecer pouco, mas as perdas estão aumentando rapidamente. O nível médio do mar no mundo subiu entre 17 e 21 centímetros no último século e aproximadamente 40% dessa elevação ocorreu após 1993. A cada ano, o derretimento do gelo contribui cada vez mais para essa elevação e é possível que o ritmo de derretimento tenha aumentado seis vezes desde 1979.

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