Mundo Os argentinos mortos no ataque terrorista em Nova York comemoravam 30 anos de formatura
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2017
Entre os oito mortos no atentado terrorista ocorrido em Nova York (Estados Unidos) nessa terça-feira (31), dia de Halloween, cinco eram amigos argentinos que estavam na cidade americana para cumprir uma promessa antiga. Hernán Diego Mendoza, Diego Enrique Angelini, Alejandro Damián Pagnucco, Ariel Erlij e Hernán Ferruchi faziam parte de um grupo que celebrava os 30 anos de sua formatura do Colégio Politécnico de Rosário. Eles foram assassinados quando um terrorista uzbeque atropelou diversas pessoas em uma ciclovia.
Além de oito mortos, o atentado deixou onze feridos. O também argentino Martín Ludovico, que integrava o grupo de veteranos do Colégio Politécnico, foi levado ao hospital, mas não corre perigo de vida. Outros quatro colegas saíram ilesos. O autor do atentado, identificado como Sayfullo Habibullaevic Saipov, de 29 anos, foi baleado e preso logo após o crime. Depois de ser operado, ele está sendo interrogado pelas autoridades.
Comoção nas redes sociais na Argentina
Uma fotografia que circula nas redes sociais mostra o que seria um abraço dos amigos antes da viagem comemorativa que se tornaria uma verdadeira tragédia. Eles usavam camisetas iguais, nas quais se lia a mensagem “Livre”, em espanhol. Todos eram moradores de Rosário, cidade natal do jogador de futebol Lionel Messi. O clique e o fim do passeio dos colegas causou comoção nas redes sociais. O governo argentino confirmou as identidades, a iniciativa dos cidadãos e expressou “as mais sinceras condolências” às famílias das vítimas.
Terrorista foi baleado
Após atropelar as pessoas na ciclovia, o terrorista ainda desceu da caminhonete com duas armas falsas em mãos. Foi, então, baleado e detido pela polícia norte-americana. De acordo com investigadores ouvidos sob anonimato, ele deixou anotações no automóvel em que declarava lealdade ao EI (Estado Islâmico).
Saipov entrou nos Estados Unidos há cerca de sete anos e era descrito como “trabalhador e amigável” pelos amigos e vizinhos. Ele possui um green card, que lhe dá residência legal no país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou o homem como um “doente e perturbado”: “Em Nova York, parece haver outro ataque de uma pessoa muito doente e perturbada”, tuitou o presidente americano. “As autoridades acompanham isto de perto. NÃO NOS EUA!”.
Terrorismo em Nova York
Este foi o primeiro ato vinculado ao terrorismo em Nova York desde a explosão de uma bomba artesanal, em setembro de 2016, em Chelsea, que deixou 31 feridos leves. Um afegão de origem americana, Ahmad Khan Rahimi, foi condenado por terrorismo no início deste mês. O local do ataque desta terça-feira abriga o memorial do 11 de setembro e o centro financeiro da metrópole americana.
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