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Mundo O papa anunciou a criação de um órgão para a Amazônia no Vaticano

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No encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, o papa fala sobre a defesa da 'vida do planeta e da Amazônia'. (Foto: Divulgação)

No encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, neste sábado (26), o papa Francisco afirmou que a região amazônica sofre “todo tipo de injustiça” e cobrou da Igreja maior sintonia com a juventude. “A consciência ecológica vai em frente e hoje nos denuncia um caminho de exploração compulsiva e corrupção. A Amazônia é um dos pontos mais importantes disso. Um símbolo, eu diria”, declarou Francisco. Os bispos reunidos no Vaticano também recomendaram formalmente que o papa Francisco retire a restrição sobre a ordenação de homens casados em lugares remotos, como em partes da Amazônia

Ele avaliou que a maior importância do Sínodo dos Bispos são os diagnósticos que foram feitos de questões culturais, ecológicas, sociais e pastorais da região amazônica. Dentro do conceito de ecologia integral, ele frisou que os problemas ambientais precisam ser vistos dentro de seus contextos sociais, “não só o que se explora selvagemente a criação, mas também as pessoas”. O documento apresentado tem 120 parágrafos e cinco capítulos.

O pontífice afirmou que pretende criar um órgão dentro da Santa Sé dedicado exclusivamente aos cuidados com a Amazônia. O departamento deve ficar alocado dentro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, sob o comando do cardeal Peter Turkson, de Gana.

Para Francisco, a ecologia não pode ser separada das questões sociais. “Na Amazônia há todo tipo de injustiça, destruição de pessoas, exploração de pessoas, em todos os níveis e destruição da identidade cultural”, declarou ele, no encerramento. Ele lembrou sua encíclica Laudato Si’, publicada em 2015, como um marco para balizar o pensamento ecológico segundo as bases do catolicismo.

Ele disse ainda que para lutar por questões ambientais a Igreja precisa mirar no exemplo dos jovens. Citou nominalmente a ativista sueca Greta Thunberg, empenhada em uma cruzada global para alertar sobre a atual crise climática. “Na manifestação dos jovens, como Greta e outros, eles levam um cartaz dizendo ‘o futuro é nosso’. Isso é a consciência do pedido ecológico”, declarou.

Pesquisa

Sete em cada dez católicos brasileiros consideram muito importante preservar a Amazônia, e 85% disseram concordar que atacar a Amazônia é um pecado. É o que aponta uma pesquisa feita pela instituto Ideia Big Data para avaliar a posição dos fiéis sobre políticas para a região por ocasião do Sínodo de bispos para a Amazônia.

A pesquisa, comissionada pelas ONGs WWF-Brasil, Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM), ouviu 1.502 católicos em todo o Brasil no início de junho e analisou também a opinião dessa parcela da população sobre as ações da gestão Bolsonaro para a área ambiental.

De acordo com a pesquisa, 68% disseram que é importante proteger a Amazônia para o crescimento do País, pois o desenvolvimento nacional depende do meio ambiente protegido, 10% disseram ser irrelevante para o crescimento econômico do País e 10% afirmaram que a preservação ambiental atrapalha o crescimento.

Por que Sínodo da Amazônia?

O tema do Sínodo é “Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. Bispos de todo o mundo tem acesso a um material produzido por 13 autores, três dos quais são brasileiros e membros da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam).

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https://www.osul.com.br/papa-anuncia-criacao-de-orgao-para-amazonia-no-vaticano/ O papa anunciou a criação de um órgão para a Amazônia no Vaticano 2019-10-26
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