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Opinião Para aliados, a razão para Bolsonaro não ir a debates é de natureza estratégica

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O otimismo em relação a Bolsonaro cai entre os mais escolarizados e mais ricos. (Foto: Arquivo/ABr)

No comando da campanha de Jair Bolsonaro prevalece a avaliação de que ele não deveria ir a nenhum debate no segundo turno, nem mesmo o da TV Globo. A principal alegação é clínica, e foi manifestada em termos um tanto escatológicos pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Nesse campo, a palavra final deverá vir de nova avaliação da equipe médica que cuida do candidato. As informações são da colunista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo.

Mas a razão primordial pela qual aliados defendem que ele não vá aos programas televisivos é mesmo de natureza estratégica, como o próprio Bolsonaro admitiu em uma fala recente. Como um time que vai vencendo a partida decisiva por boa margem de gols, esses apoiadores acham que a campanha deve ser de manutenção nesses 11 dias que restam até o segundo turno.

Aparições nas redes sociais, eventuais entrevistas, tuítes e um programa eleitoral simples e direto seriam a receita para confirmar a vitória apontada pelas pesquisas.

Para se contrapor às acusações de que estaria fugindo da discussão de ideias, a campanha deve intensificar um recurso que começou a ser usado no horário eleitoral: a comparação entre propostas de Bolsonaro e de Haddad (obviamente, a partir do crivo da própria campanha).

No mais, serão explorados ao máximo os reveses da campanha petista, como a canelada que foi dada no PT pelo senador eleito Cid Gomes. A avaliação é de que isso mantém os apoiadores mobilizados nas redes sociais e no WhatsApp, as duas principais arenas em que o bolsonarismo “debateu” nesta campanha peculiar.

Imagem é tudo

O entorno de Jair Bolsonaro afasta o argumento de que visitas como a feita pelo candidato à sede do Bope, no Rio de Janeiro, contradizem a alegação de que ele não poderia debater por razões médicas. Afirmam que as agendas são programadas para que ele não se desgaste e são rápidas, diferentemente da longa exposição exigida nos debates. E adiantam: haverá outras aparições do gênero, cujo objetivo principal é produzir imagens para alimentar as redes e a propaganda de TV.

Transição

Além do canal aberto pela equipe econômica com os assessores dos candidatos, a Casa Civil conclui um levantamento de dados de todas as áreas da administração para entregar ao presidente eleito imediatamente depois do dia 28. Cada ministério foi instado a listar gastos, pendências, projetos em tramitação e decisões que tenham de ser tomadas no início da próxima gestão. Por ora, empenhados na campanha, os candidatos evitam designar quem deve comandar a equipe de transição, mas seu desenho já deverá indicar os núcleos de poder do próximo governo. Por lei, o eleito pode nomear 50 integrantes para os dois meses que separam o pleito da posse. A expectativa no comitê de Jair Bolsonaro é que, caso ele vença, a coordenação da transição seja dividida, e Paulo Guedes pilote a área econômica e Onyx Lorenzoni as negociações com os partidos para a composição do ministério e a definição da agenda legislativa, além de fazer a ponte com a gestão Temer.

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