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Por Redação O Sul | 5 de maio de 2017
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque revelou nesta sexta-feira (5) que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda-Casa Civil/governos Lula e Dilma) “gerenciava” as propinas para o ex-presidente Lula no âmbito de contratos da Petrobras. Duque detalhou acertos referentes a contratos da Sete Brasil com estaleiros, que rendiam propinas à diretoria da Petrobras e ao PT – especificamente Lula, José Dirceu e João Vaccari Neto, segundo ele.
O depoimento foi dado no âmbito de ação penal contra Palocci, ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato na primeira instância.
Segundo Duque, a propina oriunda de contratos para a construção de sondas de exploração do pré-sal era repartida entre agentes da Petrobrás e foi negociada pelo ex-gerente da estatal Pedro Barusco. Os acertos teriam sido feitos em 2012, também supostamente com a participação do então tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
“Barusco volta e diz para Vaccari que fechou com os estaleiros a participação de 1% em todos os contratos. Sendo que Keppel e Jurong tinha fechado 0,9%. E ele propôs nessa ocasião uma divisão ao estilo que ele praticou na engenharia de 0,5% para Casa e metade para o partido”, disse.
O Instituto Lula afirmou que “o depoimento do ex-diretor da Petrobras Renato Duque é mais uma tentativa de fabricar acusações ao ex-presidente Lula nas negociações entre os procuradores da Lava-Jato e réus condenados, em troca de redução de pena. Como não conseguiram produzir nenhuma prova das denúncias levianas contra o ex-presidente, depois de dois anos de investigações, quebra de sigilos e violação de telefonemas, restou aos acusadores de Lula apelar para a fabricação de depoimentos mentirosos”. (Luiz Vassallo, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt/AE)