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| Polícia Federal investiga criminosos que levavam brasileiros de forma ilegal para os Estados Unidos, cobrando 60 mil reais de cada um

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Promessa era que os brasileiros atravessariam em um iate, mas a realidade era outra. Travessias ocorriam de forma perigosa. (Foto: Reprodução)

A PF (Polícia Federal) prendeu, na manhã desta sexta-feira, em Ji-Paraná (RO), na operação Piratas do Caribe, uma pessoa suspeita de participar de uma organização criminosa de “coiotes” responsável por levar brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos. Os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão em Ariquemes (RO). De acordo com a PF, ainda não foi descoberta a localização dos 12 brasileiros desaparecidos em novembro do ano passado nas Bahamas.

A Operação foi deflagrada nos Estados de Rondônia, Santa Catarina e Minas Gerais. Segundo o delegado da PF, Raphael Baggio de Luca, a ação tem como objetivo desarticular uma ramificação brasileira de uma organização criminosa que transporta brasileiros de forma ilegal ao exterior, principalmente aos Estados Unidos, via Bahamas. Segundo Luca, o grupo de 12 brasileiros desaparecidos foi transportado por esta organização.

O objetivo desta fase da investigação é colher provas de onde estão estes brasileiros e verificar o grau de envolvimento de outras pessoas no esquema, “que não só envolveu brasileiros como outras pessoas do estrangeiro”.

Luca explica que a PF está trabalhando em conjunto com o Itamaraty em busca da localização dos brasileiros, mas até o momento ninguém foi encontrado.

Cerca de 30 policiais participaram da operação e cumpriram sete mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva nos três Estados. De acordo com a PF, a operação é resultado de investigações que começaram a partir do desaparecimento de um brasileiro que teria tentado entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

Entenda o esquema.

Segundo as investigações, o grupo cobrava até 60 mil reais para intermediar o transporte ilegal para os EUA via Bahamas. Antes de sair do Brasil, os imigrantes ficavam em alguma cidade com aeroporto internacional de fácil acesso aguardando a ordem de embarque para as Bahamas, que ocorria quando um determinado agente de imigração daquele país facilitava a entrada dos brasileiros. Uma vez nas Bahamas, os imigrantes aguardavam por vários dias para embarcar para os Estados Unidos de barco.

A promessa era que os brasileiros atravessariam em um iate, mas a realidade era outra.

“Na verdade, colocam em um barco, canoa, embarcações péssimas. Faziam as travessias de forma perigosa, à noite. Durante o dia, ficavam escondidos em ilhas na região, sem alimentação, sem bebida, para continuar a viagem à noite. Tudo para ludibriar a fiscalização”, afirmou Luca.

Segundo a Polícia Federal, além de todos os conhecidos riscos que envolvem a imigração ilegal para outros países, os coiotes escondiam os reais perigos envolvidos na travessia como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas, famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de embarcações e aeronaves.

Desaparecimento.

Em novembro, um grupo de brasileiros, que embarcou até Nassau, capital das Bahamas, desapareceu. A embarcação com dois barqueiros cubanos, 12 brasileiros, cinco dominicanos e dois americanos saiu em direção a Miami, nos Estados Unidos, no dia 6 de novembro e após isso não houve mais informações sobre o paradeiro de todos. (AG)

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https://www.osul.com.br/policia-federal-investiga-criminosos-que-levavam-brasileiros-de-forma-ilegal-para-os-estados-unidos-cobrando-60-mil-reais-de-cada-um/ Polícia Federal investiga criminosos que levavam brasileiros de forma ilegal para os Estados Unidos, cobrando 60 mil reais de cada um 2017-01-13
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