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Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2015
A presidenta Dilma Rousseff telefonou no início da noite de segunda-feira para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o intuito de convidá-lo a participar das discussões sobre a reforma ministerial. Cunha, porém, recusou o convite, alegando não ter qualquer intenção de debater esse tema.
O peemedebista, que rompeu com o governo em meados de julho, afirmou à mandatária que se dispõe a tratar com ela qualquer assunto de interesse do governo, mas que, nesse, prefere não interferir. A chefe do Executivo disse entender a posição de Cunha e não insistiu no convite. A reunião com os líderes de partidos aliados para discutir a questão ocorreu à noite, no Palácio do Planalto.
A cúpula do PMDB tenta fechar a questão para não ter indicações da legenda no novo desenho que a presidenta planeja para a Esplanada dos Ministérios. A estratégia marca um distanciamento do partido em relação ao governo. Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer comunicou a Dilma sua decisão de não fazer indicações. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tomou a mesma atitude.
O posicionamento ainda tem que ser negociado com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que se aproximou do governo há algumas semanas, depois de ser chamado para tratar diretamente com a chefe do Executivo. (AG)